«Esperamos uma votação que permita cumprir o sonho de devolver a [Quinta do] Braamcamp ao povo». Foi com estas palavras que Jerónimo de Sousa terminou a visita ao terreno adquirido pela Câmara Municipal do Barreiro, em 2015, durante a gestão da CDU, e que a actual gestão PS entregou à especulação imobiliária.

O negócio só ainda não foi adiante porque a população, reunida em torno de uma plataforma cidadã, impediu a transferência da quinta para os privados, como explicou Augusto, membro da estrutura que se mobilizou, interpôs uma providência cautelar e viu as autoridades judiciárias darem razão aos barreirenses, contra a pretensão da autarquia ganha há quatro anos pelo PS, que na Braamcamp se limitou a colocar uma placa a dizer «vende-se».

O negócio só ainda não foi adiante porque a população, reunida em torno de uma plataforma cidadã, impediu a transferência da quinta para os privados

O apoio e envolvimento dos candidatos e eleitos da CDU na luta em defesa da Braamcamp é, aliás, o motivo pelo qual muitos daqueles activistas apoiam o PCP-PEV nas actuais eleições autárquicas. A outra é o projecto que a CDU mantém para aquela área ribeirinha, contemplando um conjunto de equipamentos culturais, desportivos, de lazer e recreio, em íntima ligação com o Rio Tejo, explicou, in loco, Carlos Humberto, cabeça-de-lista da CDU à CM do Barreiro.

Em suma, com a CDU de novo à frente do município barreirense, a Quinta do Braamcamp vai voltar à esfera pública para que ali seja desenvolvido o projecto que motivou a sua aquisição, garantiu, em conclusão, o Secretário-geral do Partido.