Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP

«Sim, trabalhamos e fazemos obra. Mas não nos calamos perante os incumprimentos do que ao Governo cabe fazer»

Comício, Alpiarça

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Camaradas e amigos,
 
Uma forte saudação a todos os presentes, ao valoroso povo de Alpiarça, portador de um percurso inapagável de luta, resistência e conquista de direitos e liberdade, aos nossos amigos e companheiros de coligação do PEV, da ID, aos muitos homens e mulheres sem filiação partidária que connosco trabalham e participam neste grande projecto de progresso e desenvolvimento que é a CDU!

Uma saudação especial aos nossos candidatos, principais rostos da nossa Coligação nesta batalha eleitoral para as autarquias, na pessoa do nosso candidato à presidência da Câmara, João Pedro Arraiolos, do primeiro candidato à Assembleia Municipal, Mário Fernando Pereira e a Ricardo Hipólito primeiro candidato à Junta de Freguesia de Alpiarça.

Aqui estamos para um renovado mandato, com a confiança que o trabalho realizado nos confere e prontos a construir esse futuro melhor a que aspiramos e pelo qual lutamos e trabalhamos.

Aqui estamos olhando para o trabalho realizado pelos eleitos da CDU, certos do dever cumprido!

Sabemos que este mandato que agora vai terminar foi um mandato com particulares exigências que a epidemia acrescentou, mas que encontrou resposta à altura dos nossos eleitos e da gestão da CDU, bem como dos trabalhadores desta autarquia.

Exigente porque foi necessário dar essa resposta suplementar às questões sanitárias, e exigente porque foi necessário fazer obra nova e continuar a efectivar o plano da recuperação financeira e dar solução aos graves problemas herdados do período em que o PS desgovernou este município.

Por isso, aqui está a CDU de cabeça levantada e a dizer presente, com o seu projecto alternativo e a sua intervenção marcada pela defesa das populações. 

As pessoas conhecem-nos e sabem o que representamos. Sabem que aqui na CDU reside gente séria, dedicada e determinada em servir as populações sem nada a esperar que não seja a satisfação dos compromissos e do dever cumprido.

Aqui estamos a afirmar o nosso projecto e o nosso programa, com nossa própria sigla e símbolo, com o que transportam de trabalho, honestidade e competência.  

A CDU é sem dúvida a grande força de esquerda no Poder Local, com um projecto norteado por critérios de interesse público. 

Um projecto de uma força que impulsiona e se bate pela concretização de uma gestão integrada que assegure a construção de espaços urbanos humanizados, ambientalmente equilibrados e dotados dos equipamentos (de que é exemplo o Jardim Municipal de Alpiarça que não podemos deixar de valorizar) e dos programas para a sua utilização e animação indispensáveis a uma vida social e colectiva. 

Um projecto de uma força que assume uma posição de intransigente defesa dos serviços públicos e do acesso à saúde, à educação, à cultura e à mobilidade e em defesa da água enquanto bem público. 

Sim, esta é uma força que luta e age em defesa das populações e do seu acesso e direito a um serviço público de proximidade, como o postal, particularmente quando entregam esses serviços à gula do lucro privatizando-os, como PSD e CDS o fizeram e que PS teima em manter, como aqui aconteceu, com o posto dos CTT, que a luta do povo e a acção dos autarcas da CDU permitiu reabrir.      

Uma força que toma a iniciativa e avança confrontando o governo com as suas responsabilidades, como acontece com a construção do posto da GNR.  Construção há muito acordada, com a autarquia a cumprir, cedendo o terreno e o governo parado sem explicação.    

Dizem que há dinheiro e há, mas arrastam, arrastam os pés e não se chegam à frente quando se trata de dar resposta aos problemas das comunidades que quer ver as suas forças de segurança bem instaladas e equipadas e não secundarizadas e mal tratadas. 

Sim, trabalhamos e fazemos obra. Mas não nos calamos perante os incumprimentos do que ao Governo cabe fazer.  

Somos na verdade uma força com um projecto distinto e alternativo ao de qualquer outra força política, também pela atenção que dá aos problemas sociais e pelo particular cuidado dedicado aos problemas das crianças, aos jovens, aos idosos, aos mais desfavorecidos.

Distintivo pela valorização que assume dos trabalhadores da autarquia, como mais uma vez se comprovou com a aplicação do suplemento de penosidade e insalubridade que conhece aqui, e nos concelhos da CDU, uma aplicação contrastante com o que se passa nas autarquias de outras forças políticas.
 
Sim camaradas, enquanto todas as 24 câmaras da CDU aplicam plenamente este direito conquistado ainda que a contragosto do PS, contam-se pelos dedos as autarquias de PS, PSD e de outros onde esteja em aplicação plena.  

Projecto distintivo também pela posição que assume em defesa do Poder Local verdadeiramente representativo das populações. Um Poder Local que exige um verdadeiro projecto descentralizador – a regionalização - e não um arremedo de descentralização como o que propõe o PS.

Não basta falar das vantagens da proximidade, como o faz o PS, quando se quer alijar responsabilidades centrais!

Camaradas e amigos,

Não descansamos sobre o trabalho realizado. Com novas ideias, propostas e projectos reforçaremos ainda mais a qualidade de vida das populações.

E por isso é tão importante que após o dia 26, o projecto distintivo da CDU, continue ao serviço das populações do concelho de Alpiarça!

São muitas e justas as razões para apoiar e votar CDU!

Temos confiança de que é possível avançar e crescer, conquistando mais votos e mais mandatos.

É esse o objectivo directo destas eleições. É isso que no dia 26 se decide. 

Mas hoje está cada vez mais claro que não são só as freguesias e os concelhos que ficam a ganhar com a intervenção e o reforço da CDU e da sua gestão.

É o País que precisa do trabalho, da honestidade e da competência das forças da CDU para melhor defender os interesses dos trabalhadores e do povo.

Nestes últimos tempos os portugueses puderam verificar quão importante é ter esta força consequente que se congrega na CDU.

Tem sido a sua intervenção e acção, nomeadamente do PCP, que tem permitido nestes tempos difíceis para o nosso povo, conter e minimizar uma degradação maior das condições de vida.
  
Foram os aumentos de pensões e reformas, o pagamento por inteiro dos salários dos trabalhadores em Lay-off, os apoios aos trabalhadores independentes sem protecção social, a gratuitidade das creches para um número significativo de crianças.

Temos apresentado soluções que, a serem adoptadas, responderiam à dimensão de muitos problemas e injustiças que persistem. Têm sido inúmeras as propostas apresentadas pelo PCP na Assembleia da República para resolver problemas prementes, como é o caso das propostas que iam contra o aumento dos custos da eletricidade, gás de botija e dos combustíveis, chumbadas na semana passada pelos mesmos do costume. 

Na passada quinta-feira retomámos as propostas em relação ao aumento do Salário Mínimo Nacional para 850 euros, mas igualmente para a defesa da contratação colectiva, a limitação aos despedimentos, a limitação do trabalho nocturno e por turnos e a devida compensação e protecção dos trabalhadores a ele sujeitos, bem como a fixação do horário semanal das 35 horas para todos os trabalhadores.

Nós não vamos desistir. Nós vamos continuar a intervir e a lutar!

O País precisa de avançar!

Precisa de uma política para valorizar os sectores produtivos nacionais, nomeadamente da nossa agricultura.

Para garantir a inadiável valorização das pensões e reformas de todos quantos descontaram, incluindo acima dos 658 euros. 

Para assegurar uma rede de Lares e o apoio efectivo aos idosos, às suas famílias e cuidadores.

Para garantir um reforço de investimento nos serviços públicos, na educação ou na cultura. 

Para garantir creches gratuitas para todas as crianças.

Precisa de outra política fiscal mais justa. Precisa de uma política que reduza a tributação sobre os trabalhadores e o povo e tribute fortemente o grande património e os lucros mais elevados. 

É preciso avançar para os 10 escalões no IRS, fixando taxas e intervalos de rendimento que aprofundem a progressividade do imposto.

Mais justiça fiscal implica também o desagravamento dos impostos indirectos, como o IVA da electricidade de 23 % para 6%.

Quem nos conhece sabe que pode contar connosco, com o empenhamento dos nossos eleitos e a sua dedicação ao serviço das populações e do desenvolvimento deste concelho.

O reforço da CDU é a sólida garantia de um voto que não é desperdiçado, que conta sempre para defender Alpiarça  e as suas gentes, que conta sempre para defender os serviços públicos e as funções sociais do Estado, que conta sempre para afrontar e combater interesses e negócios daqueles que querem sobrepor interesses privados ao bem público.

Faltam poucos dias para o acto eleitoral. É tempo de cada candidato, cada activista esclarecer e mobilizar para o voto, transformar o largo reconhecimento do trabalho que realizamos em voto, que confirme, consolide e amplie as nossas posições. Com a consciência que não é hora de desperdiçar nenhum e cada um dos votos. 
 
Em 26 de Setembro, vamos dar mais força à CDU, porque a CDU vale a pena!

Viva a CDU!