Reconquistar Odemira com trabalho, honestidade e competência

Sessão Pública em Odemira

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A seis dias das eleições autárquicas, Jerónimo de Sousa iniciou o périplo pelo Litoral Alentejano no concelho de Odemira, onde a CDU quer ganhar a Câmara Municipal, nas «mãos» do PS desde 1997. Para isso conta Sara Ramos, candidata a presidente da autarquia. Nuno Góis encabeça a lista à Assembleia Municipal e Justino Santos é o mandatário da candidatura. 

Neste concelho – o maior do País e da Europa do ponto de vista geográfico – existem graves problemas económicos e sociais, como o desemprego, o aumento dos problemas dos pequenos e médios agricultores e empresários, a precariedade no trabalho e a pobreza crescente.

«O concelho de Odemira esteve e está abandonado pelos sucessivos governos do PS e do PSD. Não se iludam com promessas! É importante terminar com esta maioria absoluta do PS e ganhar a Câmara Municipal», avisou Sara Ramos, na acção realizada no Jardim Sousa Prado, frisando: «Mais eleitos da CDU significa mais força na reivindicação dos nossos direitos».

Apoiar financeiramente as IPSS em projectos de requalificação, ampliação ou criação de novas respostas sociais; aplicar de forma mais justa o subsídio de penosidade e insalubridade atribuído aos trabalhadores da autarquia; lutar pela reposição das freguesias que foram extintas, dando voz às populações dessas localidade, são algumas das propostas já apresentadas pela CDU.

A iniciativa – onde estiveram perto de uma centena de pessoas, que por diversas vezes gritaram bem alto «CDU» e «A CDU avança com toda a confiança», de punho bem erguido – contou com a presença de João Dias Coelho, da Comissão Política do PCP, e de Manuel Valente, do Comité Central, responsáveis, respectivamente, pela Direcção Regional do Alentejo e pelo Litoral Alentejano.

O Secretário-geral do PCP destacou uma outra dificuldade daquele concelho: a habitação, «cujo  problema ganha dimensão com a chegada de milhares de imigrantes, que são alvo de redes de tráfico humano e da exploração desenfreada de novos e velhos agrários – o capitalismo agrário». 

Uma situação que «tenderá a aumentar com a permissividade do Governo, como se vê na Resolução do Conselho de Ministros que alarga o perímetro para a instalação de mais estufas», denunciou o dirigente comunista, reclamando «um maior e mais eficaz apoio aos pequenos e médios agricultores, confrontados com o aumento dos custos de produção como a energia, cujo controlo dos preços o PS rejeitou ao chumbar», na passada sexta-feira, com o apoio da direita parlamentar, uma proposta do PCP. Jerónimo de Sousa exigiu, também, que a Barragem de Santa Clara seja posta ao serviço dos agricultores, com a água a preços acessíveis que sirva para o fornecimento às populações.

Relativamente à situação de «sobre exploração a que milhares de trabalhadores» da região «estão sujeitos», avançou com a necessidade de reforço da fiscalização e dos meios da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).