A CDU não se rende e é porta-voz popular

Sessão Pública na Pontinha, Odivelas

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Na segunda iniciativa de campanha deste domingo, Jerónimo de Sousa foi à Pontinha apoiar as candidaturas da CDU aos órgãos autárquicos de Odivelas. O comício realizou-se no bairro Mário Madeira, onde a luta popular impediu, há bem pouco tempo, o encerramento da escola.

A escolha não foi ao acaso, pois os eleitos e activistas da CDU estiveram na primeira linha da defesa daquele equipamento. Como têm estado na reivindicação e defesa doutros direitos, cumprindo, afinal, com trabalho, honestidade e competência, o compromisso com todos aqueles que lhe confiaram o seu voto.

Daí que a campanha da Coligação PCP-PEV não viva dos apoios televisivos ou empresariais para fazer passar a sua mensagem, mas de uma intensa actividade feita de conversas, «cara a cara, calcorreando ruas», de um permanente assumir da luta como caminho para responder às aspirações populares, como aliás destacou Sandra Benfica, cabeça-de-lista à União das Freguesias da Pontinha e Famões, a primeira a intervir na iniciativa.

Perante uma plateia onde não faltaram todos os primeiros candidatos às juntas de Freguesia de Odivelas nem os cabeças-de-lista à Assembleia e Câmara municipais, Rui Francisco e Painho Ferreira, respectivamente, coube a este último insistir na demarcação da diferença da CDU face às forças políticas que têm desgovernado o concelho.

Exemplo disso mesmo são as políticas de cedência à especulação imobiliária, prosseguidas ora por PS ora por PSD, considerou Painho Ferreira, antes de deixar algumas das propostas e linhas de orientadoras da candidatura em áreas sensíveis como o estacionamento, a requalificação do espaço urbano e os espaços verdes, o apoio aos idosos e às crianças, a legalização das áreas de génese ilegal ou a desagregação de freguesias.

A encerrar, Jerónimo de Sousa também realçou a CDU como a «força distintiva e com provas dadas no poder local» que se «apresenta-se a estas eleições com um projecto que assenta em trabalho e obra, caracterizado pela participação popular ampla e alargada, pela defesa do serviço público enquanto elemento condutor da gestão autárquica, pela valorização dos trabalhadores das autarquias e das suas condições de trabalho, pela qualificação do espaço público e da preservação ambiental, valorizando o património natural e os recursos locais, pela defesa da gestão pública da água e dos resíduos, pela democratização cultural e desportiva, pelo rigor posto no planeamento e em políticas de uso do solo protegendo e defendendo o interesse público».

«Um trabalho e uma obra que este território já conheceu e que precisa de ver retomado», lembrou o Secretário-geral do PCP, aludindo à necessidade de reconquistar a Freguesia da Pontinha e Famões.

Salientando, uma vez mais, que «aqui em Odivelas a candidatura da CDU tem um compromisso de futuro com um projecto colectivo assente na construção de uma ideia de um concelho urbanisticamente sustentável e com vivência própria, mas sobretudo de um concelho com justiça social, solidariedade e igualdade de oportunidades», o dirigente comunista lembrou que «a CDU tem combatido e vamos continuar o combater as desigualdades territoriais e sociais, dando especial atenção para os Bairros do IRHU e Olival do Pancas, exigindo junto do governo e do IRHU a reabilitação dos fogos que são sua responsabilidade».

Isto porque, detalhou, «a habitação é um direito» e a «gritante carência de habitação é resultado das políticas do PS e PSD».

«A habitação», disse ainda, «é um problema sério a requerer investimento do Estado e intervenção das autarquias. Um problema sério de mais para ser jogado demagogicamente como trunfo eleitoral pelo PS e o seu Governo, prometendo mundos e fundos em nome de um PRR que para a habitação não tem - e o Governo sabe que não tem - os montantes financeiros suficientes para corresponder por inteiro à dimensão da carência habitacional no País à propaganda que andam a fazer», acusou.