A Amadora merece o caminho de Abril

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«A Amadora precisa de uma gestão identificada, próxima e conhecedora da vivência e aspirações das populações», afirmou Jerónimo de Sousa no comício que encheu, segunda-feira, 13, o salão dos bombeiros voluntários amadorenses.

No primeiro município criado após a Revolução dos Cravos, fez dia 11 de Setembro precisamente 45 anos, o Secretário-geral do PCP deixou claro que «Estamos aqui determinados a lutar por devolver a Amadora a uma gestão vinculada aos valores de Abril, àquela gestão que assegurou um inegável progresso e desenvolvimento neste concelho e que hoje, pela mão do PS se perdeu».

Nesse sentido, considerou, a Amadora «precisa de uma força como a CDU, que faz da participação popular e da proximidade às populações o eixo fundamental do seu estilo de exercício de poder, assente numa política de verdade e transparência».

Antes de Jerónimo de Sousa, já a cabeça-de-lista à Assembleia Municipal da Amadora, Joana Botas, havia enfatizado a necessidade de a Amadora voltar ao rumo do progresso, a uma gestão pautada pelo desenvolvimento e dinamismo económico e social que construiu a cidade que não existia, e notou, além do mais, que não é por falta de condições económicas que a actual gestão PS não o faz, mas por ausência de estratégia.

No mesmo sentido, António Borges, candidato da CDU à presidência da Câmara Municipal da Amadora, acusou o PS de protagonizar um projecto esgotado. Lembrando que o lema com que o PCP-PEV se apresenta nas eleições de 26 de Setembro é «dar vida à amadora», assegurou que com a CDU o concelho vai voltar aos padrões que o catapultaram nacional e internacionalmente em diversos domínios.

António Borges criticou vários aspectos e carências que persistem no concelho, entre outros nas áreas da saúde, promoção do aparelho produtivo (sustentando, por isso, a criação de um núcleo tecnológico na antiga zona industrial da Falagueira-Venda Nova), ou política desportiva e de apoio ao movimento associativo e popular, que o PS na autarquia pretende domesticado e de «mão estendida».

Qualificando ainda a Amadora sob gestão PS como uma «cidade triste e sem participação popular», deu assim o mote para que Jerónimo de Sousa referisse algumas das opções que urge implementar. O Secretário-geral do PCP sublinhou que a Habitação é «um problema sério de mais para ser jogado demagogicamente como trunfo eleitoral pelo PS e o seu Governo» e defendeu um forte investimento da Administração Central e das autarquias para garantir «espaços urbanos humanizados».

Mas referiu, também, a necessidade de inverter a destruição de unidades produtivas como sucedeu com a Sorefame, assim como de «dotar os Centros de Saúde de mais meios humanos, mais médicos e enfermeiros de família», assim como resolver «um dos grandes problemas: o facto do Hospital Fernando da Fonseca estar há muito esgotado nas suas capacidades e o Governo não ter decidido a construção do novo hospital em Sintra com 350 camas, decidindo, inadmissivelmente, avançar com a construção de uma pequena unidade com 60 camas que não resolve esta grave situação».