Intervenção de Jerónimo de Sousa Secretário-Geral do PCP

«Aí temos o PS a agitar novas promessas de milhares de milhões, na tentativa de chantagear os eleitores»

Encontro com a populção

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Caros amigos e camaradas:

Antes de mais, quero expressar a todos os presentes e ao povo do concelho do Montijo, a todos os que estão com a CDU neste projecto democrático e unitário de intervenção e transformação, as mais cordeais saudações.

Uma saudação em especial à Ana Baliza, candidata à presidência da Câmara do Montijo, e ao Francisco Salpico, candidato à Assembleia Municipal, e a todos os candidatos da CDU aos órgãos municipais e de freguesia, a todos os eleitos da CDU nos órgãos autárquicos onde se empenham com dedicação e trabalho colectivo, honestidade e competência, em dar voz e resposta às populações e aos seus problemas.

Uma saudação também especial aos independentes que assumem o projecto CDU no Concelho.

Nas listas da Coligação Democrática Unitária, em todo o País, participam quase 15 000 candidatos sem filiação partidária, mais de 40% dos cerca de 40 000 candidatos. Bem mais dos que integram as, muitas vezes, falsamente designadas “listas de independentes”.

A CDU confirma-se assim enquanto espaço de intervenção e cooperação de muitos e muitos cidadãos sem partido, determinados a agir, ombro a ombro com os militantes do PCP, do PEV e os activistas da ID, ao serviço das populações.

Aqui estamos, dando mais um passo na afirmação desta candidatura CDU, determinados a avançar e lutar pela mudança no Montijo. É uma batalha exigente, mas que queremos e podemos vencer, com o empenho e a determinação dos apoiantes, activistas e eleitos da CDU no esclarecimento e mobilização para o voto em 26 de Setembro!

Sim, temos razões para ter confiança e para partir com confiança para esta batalha eleitoral que entra agora na sua fase derradeira.

As pessoas conhecem-nos sabem que é com os eleitos da CDU que contam para afirmar e defender os interesses das populações. Assim como conhecem a diferença para melhor de ter à frente da autarquia eleitos da CDU. Deem as voltas que  derem, há um facto inegável – o contraste entre o trabalho da CDU e do PS. O avanço que foi imprimido neste concelho pela CDU quando fomos maioria e o marasmo e a e o andar para trás do Montijo pela mão do PS.

Sim, camaradas, ao contrário do que ontem por aí se ouviu dizer, a CDU não pede meças em termos de trabalho e obra. É ridículo afirmar o contrário. Mas para lá do trabalho reconhecido, que fala por si, os eleitos da CDU não calam a exigência e a reivindicação do que é devido às populações por parte dos governos e da Administração Central. Sabemos bem que o Governo prefere quem como os eleitos do PS prefira calar e silenciar os incumprimentos e desleixos do seu Governo.

Não contem com a CDU para isso. Continuaremos a fazer o que devemos fazer – trabalho e obra sem deixar de dar voz aos trabalhadores e às populações. Doa a quem doer.

Sim, Confiança no futuro e futuro de confiança.  Confiança de quem tem um passado e um presente de trabalho e realização nas autarquias e um projecto alternativo e assumidamente de esquerda no poder local.

A confiança de quem tem candidatos com experiência e provas dadas na defesa dos interesses das populações, com capacidade de realização e conhecedores dos problemas e desafios que se colocam ao desenvolvimento do concelho e das suas freguesias.

Para todos os que nos olham com isenção - mesmo, para alguns que não têm estado com a CDU -, este é um projecto claro, que é mais do que uma mera soma de ideias e propostas, é uma voz indispensável na defesa dos interesses do concelho e da Região, sempre do lado das populações e do interesse público.

Um projecto alternativo que é ainda mais evidente em concelhos como o Montijo, em que a maioria PS não se distingue, na suas opções e gestão, dos concelhos de maioria PSD, apesar de abusar de palavras de esquerda para iludir as verdadeiras orientações e políticas de direita.

Que não haja ilusões, o voto num projecto alternativo, o voto para recolocar uma dinâmica de progresso, é na CDU.  

E no Montijo a CDU é a única força que está verdadeiramente preparada, com experiência e em condições de assumir todas as responsabilidades que a população lhe queira confiar!

A CDU tem um projecto que assume a participação como factor essencial de uma gestão democrática, de envolvimento das populações na definição das opções mais importantes da política autárquica, nomeadamente no domínio do planeamento.

Um projecto que promove uma gestão integrada do território e um desenvolvimento equilibrado, que salvaguarde a defesa do interesse e do espaço público da pressão especulativa, que, neste caso, revitalize o Montijo, devolva o rio às populações e não esqueça as freguesias rurais.

Um projecto que se bate de forma intransigente em defesa dos serviços públicos para todos e pela melhoria do investimento central no acesso à saúde, à proteção social, à mobilidade e transportes e na defesa da água pública.

Um projecto que intervenha por um ambiente equilibrado e sustentável, o que é de ainda maior actualidade no território deste Concelho.

Um projecto que intervém por uma política local de valorização cultural e desportiva das populações.

Um projecto que apoie e valorize os trabalhadores municipais, que no Montijo se debatem com a falta de condições de trabalho, de segurança e de equipamentos.

A aplicação do suplemento de penosidade e insalubridade devido aos trabalhadores e consagrado no OE de 2021 por acção do PCP é paradigmático.

Na Península de Setúbal, como em geral no país, todas as autarquias da CDU asseguraram esse direito. E asseguraram-no aplicando pela maior abrangência que  a lei permite e com a retribuição mais elevada a esses trabalhadores.

Aqui no Montijo é o que se vê: uma aplicação pela metade, mitigada nos seus valores. Bem se pode dizer: eis o PS no seu pior, nas autarquias e no Governo, sempre a procurar reduzir o impacto e alcance de medidas quando se trata de trabalhadores.

Seja com o Suplemento de Penosidadede e insalubridade dos trabalhadores das autarquias, que o PS não deixou ser mais abrangente, seja com o que se vê com o subsidio de risco dos profissionais de forças segurança.  

Caros Amigos e camaradas

As eleições autárquicas de 26 de Setembro constituem uma batalha política de grande importância, no plano local, e também pelo que podem contribuir, no plano nacional, para melhor defender os interesses dos trabalhadores e do povo.

Hoje está cada vez mais claro que não são só as freguesias e os concelhos que ficam a ganhar com a intervenção e o reforço da CDU.

O País precisa da intervenção reforçada do PCP e da CDU, como comprova a vida política nacional dos anos recentes, com uma acção voltada para a recuperação de direitos e condições de vida surripiados pelos governos da política de direita, do PS, PSD e CDS, e pela Troika estrangeira.

Uma intervenção decisiva do PCP e da CDU durante a epidemia, para assegurar melhores condições de prestação de serviços de saúde, minimizar a degradação das condições de vida dos que foram atingidos por medidas injustas e pela insaciável exploração do grande capital.

Uma intervenção do PCP que, com a luta dos trabalhadores e das populações, resultou, em 2021, num milhão e novecentos mil pensionistas que conseguiram aumentos de pensões.

Uma acção que tornou possível assegurar o pagamento por inteiro dos salários aos trabalhadores em Lay-off desde o início do ano, garantir os apoios a 200 mil pessoas, trabalhadores independentes e pessoas sem proteção social, o prolongamento do subsídio de desemprego a mais de 50 mil trabalhadores desempregados, a gratuitidade das creches para cerca de 20.000 crianças.

É inegável o impacto positivo na vida de milhões de portugueses das medidas de aplicação directa inscritas no Orçamento por proposta e iniciativa do PCP, que ao contrário de outros, não faltou com a sua intervenção para garantir respostas que a gravidade da situação exigia.

O que se alcançou com a nossa determinação contrasta com os atrasos e limitações com que o governo tem entravado a concretização de um conjunto significativo de outras medidas inscritas no Orçamento, designadamente as contratações no SNS, na Escola Pública e noutros serviços.

Ou seja, o que era automático e o governo não podia empatar entrou em vigor, mas em quase tudo o resto está à vista - atrasos, desculpas, fingir que faz mas não faz.

Aqui reafirmamos que o PCP tudo fará para que as medidas positivas aprovadas no Orçamento de 2021 sejam integralmente cumpridas.

Entretanto, aí temos o PS a agitar novas promessas de milhares de milhões, na tentativa de chantagear os eleitores. Sim, há muitos anúncios, mas a verdade é que muitos problemas se arrastam sem solução.

Se há dinheiro, e há, então que se aplique para dar resposta aos problemas e para colocar esse dinheiro ao serviço das populações e da efectivação dos seus direitos.

E o grande capital continua por todo o lado a aproveitar a epidemia a seu favor, a garantir a acumulação de capital e riqueza e a atingir profundamente os trabalhadores e diversas camadas do povo.

A ampliação e o reforço da luta dos trabalhadores pelo aumento geral de salários, pelos direitos, pela revogação das normas gravosas da legislação laboral tem de avançar, em vez de ser escondida pelo governo na concertação com o grande capital.

O País não precisa de mais do mesmo, mas sim de se libertar do ciclo vicioso da política de direita. O País precisa de um novo rumo!

Portugal tem um conjunto de problemas estruturais que se traduzem em défices graves, na produção, na ciência e tecnologia, na energia, demográficos, que se potenciam entre si, tal como se interligam as medidas para os vencer.
Portugal precisa de superar o grave défice produtivo, em particular o défice alimentar e a componente importada das exportações, para produzir mais e importar menos, criar emprego, libertar o País de décadas de endividamento e enfrentar as imposições da União Europeia.

É inadiável a valorização das pensões e reformas de todos quantos descontaram, incluindo acima dos 658,20 euros, encontrando as fontes de financiamento que garantam a estabilidade da Segurança Social.

É indispensável o reforço do investimento no SNS, a valorização de carreiras e salários dos profissionais de saúde, da educação e da cultura, com estabilidade da Escola Pública, universidades e entidades culturais e dos seus trabalhadores.
A justiça fiscal necessária deve desagravar os impostos sobre os trabalhadores de baixos rendimentos e afrontar os lucros e os elevados patrimónios e rendimentos.

A garantia de creches gratuitas para todas as crianças exige um financiamento prioritário no apoio às crianças e famílias, em vez de imposições de Bruxelas.
A garantia de uma rede de Lares e de apoio aos idosos, às famílias e cuidadores, exige um investimento que é incompatível com a desresponsabilização do Estado.

A valorização dos apoios sociais, do subsídio de desemprego e do abono de família requerem uma efectivo combate à pobreza, muito para além da propaganda.

O direito à habitação não se resolverá com a Lei das Rendas do PSD/CDS, que este governo se recusa a rever e exige um grande aumento da oferta pública de habitação, com o Estado a assumir as suas responsabilidades.

O transporte público tem de ser assumido como competência do Estado e não para transferir responsabilidades para as autarquias locais.

As medidas excepcionais tomadas para debelar os impactos do Covid não podem desaparecer de repente, ignorando as dificuldades de milhares de famílias e empresas.

Que não restem dúvidas, o PCP bater-se-á pela ruptura e a alternativa, bater-se-á em todos os espaços de intervenção por cada medida necessária aos trabalhadores, ao povo e ao País. Assim temos feito, assim faremos!

Caros amigos e camaradas

No Montijo é reconhecida a intervenção do PCP, da CDU e dos seus eleitos para defender os direitos e aspirações dos trabalhadores e do povo. 
Foi a CDU que lutou pelo direito à saúde, por mais e melhores transportes públicos, pelo direito à habitação, pelo apoio aos micro, pequenos e médios empresários, pela requalificação de escolas, pela melhoria das acessibilidades, pelos equipamentos desportivos, pela defesa do ambiente e pela qualidade de vida

Podemos dizer com verdade, que, na maioria das vezes, o PS estava do outro lado, fosse na Câmara ou na Assembleia da República, na defesa dos interesses do capital, nas PPP da saúde e das autoestradas, nos negócios das multinacionais, dos especuladores imobiliários ou da banca.

É na base do património de intervenção, do prestígio do projecto da CDU e na confiança e afecto das populações que assentamos a convicção de que a CDU está em condições de avançar no Montijo para melhorar a vida dos que aqui vivem e trabalham.

Somos a única alternativa credível capaz de avançar no desenvolvimento sustentado do concelho e na promoção de uma elevada qualidade de vida para as suas populações!
 
Somos a única força que defende um Poder Local verdadeiramente representativo, assente num verdadeiro projecto descentralizador – onde também está presente a regionalização - e não um arremedo de descentralização como o PS propõe e quer impor às autarquias.

Temos confiança e haja confiança. Partamos com determinação e empenhamento para o esclarecimento e mobilização para o voto na CDU e será possível assegurar a viragem na vida do concelho do Montijo a que todos aspiramos.

Um projecto pelo qual vamos à luta. Uma batalha da CDU que também aqui no Montijo é possível vencer!
Sim, vale a pena votar CDU!