Lutar para garantir a gestão pública da água

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Na quarta-feira, 15 de Setembro, as condições atmosféricas adversas obrigaram à mudança de planos relativamente ao local onde decorreu a última acção do segundo dia de campanha oficial para as eleições autárquicas. A sessão pública com Jerónimo de Sousa acabou por decorrer no Auditório Municipal José Carlos Ary dos Santos, equipamento projectado e concretizado pelo município, onde estiveram mais de uma centena de pessoas, eleitos, candidatos e activistas da CDU.

Ali, o Secretário-geral do PCP trouxe para a ordem do dia o tema «Água Pública», não fosse este um concelho que, após a Revolução de Abril e com a intervenção da CDU, foi pioneiro na resposta aos problemas mais prementes das populações, dotando-o, nesta área, de essenciais redes de abastecimento de água, saneamento de águas residuais e recolha de resíduos. Um caminho que vem sendo destruído com sucessivas alterações legislativas – feitas pelas maiorias parlamentares e às quais o PCP sempre se opôs – que abriram caminho à privatização dos serviços de águas.

«Foram os municípios geridos pela CDU que primeiro garantiram o direito à água e ao saneamento às suas populações. E são também hoje os municípios da CDU que mais se destacam na defesa da água pública», como os de Avis e Monforte, «resistindo e demarcando-se de soluções que têm como objectivo a alienação e privatização da sua distribuição», destacou Jerónimo de Sousa. 

Considerou por isso «inaceitável» que o Governo PS «continue a impedir o acesso dos munícipes a candidaturas a fundos comunitários para renovação das suas redes, tentando forçá-los por via da chantagem a que alienem as suas competências no plano do abastecimento em baixa». 

«É significativo que os governos que insistem em passar competências para as autarquias, libertando-se de responsabilidades e transferindo, de facto, encargos, neste sector, insistam em expropriar os municípios de competências que são e devem continuar a ser das autarquias», acusou o Secretário-geral do PCP.

Como reivindicação mais urgente, avançou com a necessidade da construção da Barragem do Crato-Pisão, «fundamental para regar uma área de mais de nove mil hectares nos concelhos de Crato, Alter, Fronteira, Portalegre e Avis e para o abastecimento de água das populações».

A iniciativa, contou com as intervenções Fernando Carmosino, mandatário concelhio, de Nuno Silva e Gonçalo Lagem, que se recandidatam a presidentes das câmaras municipais de Avis e Monforte, respectivamente. Nestes concelhos de maioria CDU é inegável o seu trabalho e intervenção, em contraste com o deserto de iniciativa e obra de outros concelhos do distrito de Portalegre. 

«Com a nossa experiência e conhecimento do território, tudo faremos para melhorar este concelho e colocar Avis em patamares ainda mais elevados do desenvolvimento. Continuar a construir um concelho com mais e melhor qualidade de vida, mais humano, mais qualificado e mais justo», acentuou Nuno Silva. Também Gonçalo Lagem frisou que os candidatos da CDU são «efectivamente diferentes» dos outros, uma vez que «utilizamos estes cargos em prol do bem comum, do serviço público, para servir as pessoas, sem interesses pessoais».