Uma saudação particular aos candidatos da CDU às presidências das Câmaras de Beja, Cuba e Alvito aqui presentes.
A situação que aqui nos traz é a imperiosa necessidade do desenvolvimento do sistema ferroviário nesta vasta região do Alentejo há muito reclamados pelas populações, com particular ênfase e prioridade para a modernização e eletrificação da LINHA DO ALENTEJO.
Estamos aqui na Estação desta cidade Beja que desde 2011 deixou de ter qualquer ligação directa a Lisboa, tal como viu as suas ligações desclassificadas, obrigando os passageiros a fazer transbordo na estação de Casa Branca.
Uma opção que o Governo PS fez questão de manter ao não integrar a eletrificação da ferrovia até Beja nas prioridades dos investimentos ferroviários.
Aqui vimos o resultado dessa opção.
A Linha do Alentejo apresenta um elevado nível de deficiência que urge resolver.
Quem é que pode andar nesta linha e com que confiança quando são frequentes as situações de eliminação de horários, substituição do serviço ferroviário por autocarros, longas esperas pela ligação em Casa Branca sem condições de acolhimento e conforto na estação. Mas também as avarias frequentes no material circulante muito velho!
Abdicar da linha do Alentejo, não promover a sua adequada modernização é mais uma forma de penalizar esta região e impedir que potencie os seus recursos.
A linha do Alentejo é uma prioridade de interesse Nacional.
A sua eletrificação e modernização, em toda a sua extensão, deve constituir uma prioridade imediata no sistema ferroviário nacional assegurando as ligações rápidas a Lisboa e a Faro, ao Porto de Sines e a Espanha, valorizando as ligações nacionais e internacionais, não esquecendo a importante ligação ao Aeroporto de Beja e à linha de alta velocidade que deverá ligar Lisboa a Madrid.
O que o governo do PS agora anunciou não é solução, nem para esta Região, nem para o País.
O que se perspectiva é tão só a criação de um Ramal electrificado de Beja a Casa Branca e a concretizar para daqui a 8 anos.
Abdicar da linha do Alentejo, não promover a sua adequada modernização é mais uma forma de penalizar esta região e impedir que potencie os seus recursos.
Para o PCP o que se impõe fazer, é avançar no imediato com a eletrificação e modernização de toda a linha do Alentejo na ligação Casa Branca – Aeroporto – Beja – Ourique.
É preciso por um ponto final na desastrosa política de abandono e secundarização da ferrovia!
O que sobra de propaganda e promessas sobre a ferrovia falta em decisões e investimento.
- A Ferrovia pode ser um poderoso instrumento para o desenvolvimento da economia nacional.
- É preciso reunificar todo o sector ferroviário – operação, infraestrutura e manutenção numa empresa única e pública que é a CP.
- É preciso investir a longo prazo na produção de comboios em Portugal como já propôs o PCP, para alargar e modernizar toda a frota.
- É preciso prosseguir com a redução dos preços dos transportes públicos e alargamento da oferta.
- É essencial que o investimento na ferrovia se oriente para o objectivo de reconstituição de um sector ferroviário nacional
- A aposta na ferrovia, impõe no plano estratégico, garantir a reconstrução de uma empresa única, nacional e pública, para todo o sector ferroviário.
Tal desígnio implica uma ruptura com a política de direita que tem sido imposta ao País.