CDU exige mais e melhores transportes públicos

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Em Lisboa e na Área Metropolitana é preciso aprofundar o avanço alcançado nos transportes públicos, sublinharam Jerónimo de Sousa e João Ferreira numa sessão pública no terreiro do Paço.

A iniciativa realizada na Estação Fluvial Sul e Sueste, ao final da tarde desta segunda-feira, começou justamente com relatos de utentes dos transportes públicos das margens Norte e Sul do Tejo. Relatos de residentes nos concelhos de Setúbal, Mafra, Sesimbra e Sintra, bem como de uma estudante, que salientaram o enorme salto observado com a entrada em vigor do programa de Apoio à Redução Tarifária, para o qual as forças que compõe a CDU e as autarquias de gestão PCP-PEV deram um contributo decisivo.

Avanço que se salda, testemunharam os utentes, em centenas de euros embolsados pelas famílias, em ganhos de mobilidade e horas de vida poupados em deslocações pendulares, e para o meio ambiente, já que as massas trabalhadoras passaram a ter à sua disposição alternativas baratas ao transporte individual.

Persistem, no entanto, insuficiências, algumas das quais apontadas pelos utentes. Daí que João Ferreira, candidato à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, tenha referido o impacto da medida mas, simultaneamente, algumas das suas potencialidades que estão ainda por concretizar.

Ora, para o candidato da CDU à autarquia alfacinha, é necessário consolidar e levar mais longe o sistema público de transporte colectivo de passageiros, já que registando Lisboa e a Área Metropolitana uma significativa população flutuante, não dispensa um serviço capilar, eficaz e barato.

Se ontem as populações tiveram na CDU as forças que reivindicaram a intermodalidade e o alargamento do passe social, têm hoje na Coligação o garante da exigência de que vá mais longe, qualitativa e quantitativamente, disse também João Ferreira.

Jerónimo de Sousa, por seu lado, realçou a desmultiplicação dos títulos de transportes (existiam cerca de 770, na sua maioria muito limitados geograficamente), o seu embaratecimento (a redução atingiu 38 por cento, em média, ao nível nacional), a recuperação de milhares de utentes regulares e a retirada de milhares de automóveis das estradas. Mas não deixou, igualmente, de dar voz à reclamação de «complementar a redução do custo dos passes com mais oferta, mais qualidade, segurança e fiabilidade dos transportes».

Defendeu, por isso, que os transportes públicos sejam uma aposta nacional e, nesse sentido, a implementação de medidas imediatas como a gratuitidade do passe social para menores de 18 anos,  a fixação em 30 euros do valor do passe metropolitano em vez dos atuais 40, bem como investimentos de largo alcance em material circulante e na rede rodoviária e ferroviária em toda a AML, os quais de resto detalhou.