Confiança no Comício de Torres Novas

Salvar o País do declínio económico

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Comício da CDU, Torres Novas

Intervenção de Carlos Tomé, Candidato à Presidência da Câmara Municipal de Torres Novas

Carlos Tomé

1° Candidato à Câmara Municipal

Comício da CDU, Torres Novas

Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP

O périplo pelo distrito de Santarém terminou, no dia 17, em Torres Novas, com um comício que encheu, por completo, o Jardim Municipal. Neste concelho, Jerónimo de Sousa criticou as declarações do actual Ministro da Economia, António Pires de Lima, que, ao contrário do que defendeu antes de ir para o Governo, anunciou que a redução do IVA na restauração só poderá acontecer em Julho do próximo ano. «O IVA só baixa quando esta troika se for embora, quando este Governo for demitido, quando existir uma política diferente, uma política patriótica e de esquerda», precisou.

Depois da actuação de Samuel Quedas, que terminou com o tema «O Povo Unido», que fez vibrar todo o espaço, foram apresentados, sob as palmas das centenas de pessoas que ali se encontravam, os cabeças-de-lista da CDU de vários concelhos do Norte do distrito de Santarém: Abrantes, Alcanena, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Golegã, Mação, Sardoal, Tomar, Torres Novas, Vila Nova de Barquinha e Ourém.

Minutos depois, para o palco foram chamados Manuel Ligeiro e Carlos Tomé, primeiros na lista da CDU à Câmara e Assembleia Municipal de Torres Novas, bem como Fernanda Duarte, do Secretariado da Direcção da Organização Regional de Santarém do PCP, Manuela Pinto Ângelo, do Secretariado do Comité Central do PCP, Octávio Augusto, da Comissão Política da Comissão Política do Comité Central do PCP, e Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP.

O primeiro a intervir foi Carlos Tomé. «As populações conhecem-nos desde há muito porque estes candidatos não aparecem só agora na campanha a mostrar sorrisos à caça de papalvos. Andam por cá há muito tempo, nas fábricas, nos locais de trabalho, nas escolas, nos bairros, nas colectividades, nas comunidades, a partilhar as canseiras desta vida com os seus iguais e a lutar contra as malfeitorias que têm sido paridas pelas políticas de direita e em defesa dos serviços públicos de proximidade e de qualidade», afirmou o candidato à Câmara Municipal, salientando que a «CDU não trai, honra os seus compromissos» e «não se move por interesses».

Sobre a realidade local, Carlos Tomé deu a conhecer que o PS tem gerido o município nos últimos 20 anos «como se fosse uma sua coutada privada, ignorando a democracia e o dever de transparência das decisões, sendo conivente nas gravíssimas decisões tendentes à perda de valências do Hospital ou na implementação das portagens na A23, cortando os apoios às colectividades e juntas de freguesia, esbanjando irresponsavelmente os dinheiros públicos, enquanto aumenta taxas e licenças, asfixiando ainda mais os munícipes e atolando a Câmara num mar de dívidas de mais de 35 milhões, que a vão hipotecar nos próximos três mandatos».

«Mas o PS contará sempre com as posições firmes e inabaláveis dos autarcas da CDU na defesa dos direitos da população e da melhoria da qualidade de vida», prometeu.

Submissão com o estrangeiro

Seguiu-se a intervenção de Jerónimo de Sousa que, uma vez mais, alertou para as novas medidas que o Governo está a preparar e que apenas serão anunciadas depois das eleições de 29 de Setembro. «O Governo está cada vez mais isolado, mais derrotado, não tem futuro, e, hoje, só existe porque teve a mão protectora do Presidente da República e o frete do PS, com aquela “coisa” da salvação nacional», criticou, afirmando a necessidade de denunciar «esta política de submissão com o estrangeiro».

A solução, adiantou, «passa pela renegociação da dívida com a troika, por mais investimento, pela criação de riqueza, através do aumento da produção nacional». «Por isso, quando estivermos a votar no dia 29 de Setembro, temos que penalizar esta política, este Governo, mas também quem subscreveu o Pacto de Agressão», acusou Jerónimo de Sousa, referindo-se ao PS, que, nas suas palavras, «também tem que ser responsabilizado pelo povo português».