Reforçar para defender as populações

Mais CDU em Santiago do Cacém

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Álvaro Beijinha

1° Candidato à Câmara Municipal

Comício da CDU, Santiago do Cacém

Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP

O périplo pelo Litoral Alentejano terminou em Santiago do Cacém, no Auditório Municipal António Chaínho. Aqui, Paula Lopes (professora, 48 anos, independente) e Álvaro Beijinha (advogado, 36 anos, do PCP) são os cabeças-de-lista da CDU à Assembleia e Câmara Municipal, respectivamente.

Na sua intervenção, perante uma plateia de centenas de pessoas, Álvaro Beijinha afirmou que a população de Santiago do Cacém sempre conheceu e reconheceu o trabalho, a competência e a honestidade deste projecto autárquico, democrático, participado e assumido pelos eleitos, trabalhadores e populações.

O candidato prometeu, por isso, dar o seu melhor na condução dos destinos do concelho. «É um projecto que afirma as nossas propostas. E assumir as nossas propostas é assumir os nossos compromissos. Mas assumimo-los de forma séria, realista e tendo em conta a realidade que vivemos, ou seja, um quadro de fortes constrangimentos financeiros, que se fazem sentir em particular nas autarquias locais, fruto da maior ofensiva a que assistimos contra o Poder Local e que se traduz naturalmente numa ofensiva sem precedentes contra os direitos e as condições de vida dos trabalhadores, dos jovens e dos reformados», salientou, prometendo «combater a crise através de investimento público municipal», que «promova a actividade económica e, por consequência, a criação de emprego».

Para os próximos quatro anos, a CDU vai ainda apostar no turismo, no ambiente, na qualificação das cidades, vilas e aldeias, na saúde, na educação, nos acessos e na mobilidade, na cultura, no desporto, na juventude, nos serviços do município.

«Para além dos nossos compromissos, temos também que afirmar o nosso trabalho, que reconhecidamente contribuiu e contribui, de forma decisiva, para o desenvolvimento económico e social do nosso concelho, um trabalho sempre em prol das pessoas, que permitiu e permite combater as dificuldades e construir uma vida melhor», salientou Álvaro Beijinha.

Quase a terminar, o candidato manifestou confiança de que a CDU vai ter «um grande resultado» eleitoral. No entanto, «temos que dar ainda mais força àquela que é a nossa maior arma eleitoral: o contacto directo com as populações, em todo o lado, seja nos aglomerados urbanos, seja nos sítios mais isolados, pois é isso que as populações esperam de nós. Vamos arregaçar ainda mais as mangas, vamos ao trabalho, vamos reforçar a confiança na CDU», afirmou.

Contra privatizações

Jerónimo de Sousa focou, na sua intervenção, as pilhagens de recursos do País, deste Governo e dos que o antecederam.

«Uma política que aliena parcelas e transfere para mãos de grupos privados – na sua maioria estrangeiros – o que devia de ser de todos e colocado ao serviço de uma estratégia de desenvolvimento. Um processo que empobrece o País e, sobretudo, recusa direitos essenciais e afasta as populações do acesso a serviços essenciais», destacou, dando como exemplo a privatização dos correios e dos serviços postais, mas também a privatização da água.

Este projecto, salientou o Secretário-Geral do PCP, «exige a mobilização de todos para o combater e derrotar». «É conhecida a firme atitude da CDU em defesa da água pública, contra os projectos para privatizar este bem essencial e transformá-lo numa fonte de negócio e de lucro para uns poucos à custa do dinheiro de todos», lembrou, valorizando a «atitude» da Câmara de Santiago do Cacém, de «sólida e coerente posição de combate às ambições de sucessivos governos de assegurar a apropriação privada da água».

Neste sentido, reforçou o Secretário-Geral do PCP: «A CDU é a força principal e decisiva dessa luta que junta populações e eleitos para resistir a esta criminosa intenção, para lhe fazer frente nas autarquias onde é poder e organizar a luta do povo para a derrotar».

O momento, para além dos candidatos aos vários órgãos autárquicos do concelho, contou com a presença, entre muitos outros, de Manuel Valente, do Comité Central e responsável pelo Litoral Alentejano, e Dias Coelho, da Comissão Política do Comité Central do PCP.