Jerónimo de Sousa em Portalegre

Investir na produção nacional

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Luís Pargana

1° Candidato à Câmara Municipal

No segundo dia da campanha oficial para as eleições autárquicas, Jerónimo de Sousa esteve no Alto Alentejo. O périplo iniciou-se na cidade de Portalegre, mais concretamente na Praça da República, onde o Secretário-Geral do PCP, encontrou-se com Luís Pargana, professor, 45 anos, cabeça-de-lista da CDU à Câmara Municipal. Hugo Capote, médico, 38 anos, é o primeiro candidato da Coligação para a Assembleia Municipal.

Trabalho, honestidade e competência são as características principais da CDU, que, neste concelho, assume-se como a oportunidade de mudar!

A visita, neste concelho, prosseguiu até à Robcork, herdeira do know-how e do prestígio da marca Robinson, que, agora, procura, contra «ventos e marés», tirar vantagem da proximidade entre a matéria-prima e a indústria transformadora.

Recorde-se que a Robinson encerrou em 2009, num processo de insolvência cujos contornos são ainda pouco claros, uma vez que o principal credor a provocar a falência da empresa foi o Estado Português, quando o primeiro-ministro era José Sócrates, do PS. O encerramento desta fábrica, com o despedimento de todos os seus trabalhadores, aconteceu quando decorria o processo de constituição da Fundação Robinson, promovido pela Câmara Municipal de Portalegre. Só o valor patrimonial da fábrica, nomeadamente o seu espólio de arqueologia industrial, era mais do que suficiente para cobrir a dívida da empresa ao Estado (Segurança Social).

Exemplo entre muitos

No local, após uma visita às instalações, Jerónimo de Sousa, acompanhado por Dias Coelho, da Comissão Política do PCP, salientou a necessidade de defender a produção nacional, dando resposta ao actual processo de declínio económico. «Esta é uma empresa que está a sentir uma dificuldade tremenda para arrancar com a sua laboração, tendo em conta a falta de crédito, com promessas, repetidas, que vêem, sistematicamente, a ser adiadas», ilustrou, dando a conhecer que naquela cidade «todo o aparelho produtivo foi destruído». «Hoje, a questão do desenvolvimento económico passa muito pelas actividades produtivas, não só a agricultura, mas também a indústria, que desapareceu», criticou o Secretário-geral do PCP, considerado «profundamente preocupante» que «uma empresa, com reais possibilidades, designadamente de exportação, que tem a vantagem única de estar junto à matéria-prima, apesar do esforço e do acreditar da Administração, tem encontrado dificuldades de adiamentos sucessivos, em relação à facilitação do crédito». «Sem produzirmos mais não devemos menos, sem produzirmos mais não encontramos soluções para o emprego, sem produzirmos mais não combateremos o défice», concluiu.