Crato e Nisa

Elevar as condições de vida do povo

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João Teresa Ribeiro

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Intervenção de Vítor Martins, Candidato à Presidência da Câmara Municipal de Nisa

Vítor Martins

1° Candidato à Câmara Municipal

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Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP

Depois de uma breve passagem pela cidade de Portalegre, de uma visita à fábrica Robcork, de um encontro com a população de Monforte, Jerónimo de Sousa terminou o dia (18 de Setembro) na Freguesia de Gáfete, onde participou, no Centro Cultural, num jantar de candidatos, activistas e apoiantes das listas da CDU aos órgãos autárquicos dos concelhos de Crato e Nisa.

Nesta iniciativa, para além das mais de 250 pessoas, estiveram ainda os cabeças de lista da Coligação às câmaras e assembleias municipais do distrito, bem como vários autarcas da CDU da região. Dias Coelho, da Comissão Política do comité Central do PCP, e Fernando Carmosinho, da Direcção da Organização Regional de Portalegre do PCP, também fizeram questão de participar nesta grande iniciativa de campanha.

Ao palco todos foram chamados e dados a conhecer. Vítor Martins e João Teresa Ribeiro, respectivamente, primeiros nas listas às câmaras de Nisa e Crato, tomaram a palavra, antes do Secretário-Geral do PCP, que se manifestou, uma vez mais, contra o processo de privatização de várias empresas do Estado, como os CTT.

«Por todo o País tem-se assistido ao fecho de estações dos CTT, desprezando as populações e contribuindo para alargar a desertificação de largas partes do território», criticou o Secretário-geral do PCP, dando a conhecer que em 2012 «foram encerradas cerca de 120 estações, estando previsto o fecho de mais 200 até ao final do ano de 2013».

Como tão bem ilustrou, a privatização dos CTT «não interessa a Portugal e aos portugueses», antes ao grande capital nacional e internacional, que vê aqui a possibilidade de multiplicar e apropriar-se dos lucros que têm ido para os cofres do Estado, e dispor dos milhões de euros que a empresa movimenta diariamente. Neste sentido, Jerónimo de Sousa considerou ser um «imperativo nacional» que os CTT se mantenham como serviço público.

Construir o futuro

Na sua intervenção, o Secretário-geral do PCP sublinhou, por outro lado, que as populações têm direito ao desenvolvimento económico e social, de forma a poderem construir o seu futuro onde nasceram e desejam viver. «Construir uma região com emprego, mais oportunidades e menos desigualdades é não só necessário e possível como é condição para afirmar um País desenvolvido e soberano, pelo qual lutamos», afirmou.

Para que tal aconteça, exige-se que «se recue a gestão governamentalizada do próximo quadro de apoio, garantindo a participação e intervenção efectiva das entidades locais e regionais» e que «os municípios e freguesias sejam dotados dos recursos necessários à sua captação e utilização», apostando «no investimento público e no aproveitamento das potencialidades e recursos da região», bem como na promoção e incentivo à produção regional.

«Um objectivo», continuou Jerónimo de Sousa, «que exige deste Governo que não aceite, uma vez mais, como está à vista, submeter os objectivos de desenvolvimento regional à linha de acção da União Europeia, ditada pelos critérios da competitividade, tendo como consequência que o essencial dos fundos comunitários vá para os bolsos dos grupos económicos e do grande capital».

«O que é preciso é uma política que pense no povo e não nos interesses dos senhores do capital», acrescentou, sublinhando: «Haja outra política, ditada por opções de elevação das condições de vida do povo, e então será possível garantir a indispensável coesão territorial e fixar e atrair população, promover investimentos e actividades geradoras de emprego e desenvolvimento».