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Parido Comunista Português

O Polígrafo mente Fundos comunitários e o que sai do País: a verdade está do lado da CDU

 

A propósito de afirmações de João Oliveira no programa “Isto é gozar com quem trabalha” de 12 de Maio sobre a relação de Portugal com os fundos comunitários e a saída de recursos do País para os países da UE, o Polígrafo editou uma peça em que considera “falso” o que ali foi afirmado pelo candidato da CDU sobre o facto dos fundos comunitários não compensarem o que sai de riqueza nacional para Países da UE. 

Vamos aos factos:

Entre 1996 e 2023 Portugal recebeu em termos líquidos da UE cerca de 101 mil milhões. Este valor corresponde ao saldo entre o que entrou no País por via de fundos comunitários e o que Portugal pagou para o orçamento comunitário. Esse saldo corresponde a 72 mil milhões de euros*, valor esse que, se for corrigido de acordo com a evolução da inflação perfaz os tais 101 mil milhões de euros.

Nesse mesmo período Portugal viu sair em termos líquidos para países da União Europeia em forma de juros, lucros, dividendos e rendas 168 mil milhões de euros. Esse valor corresponde a 126 mil milhões de euros*, corrigido de acordo com a evolução da inflação.

A afirmação de João Oliveira, que aliás já tinha sido expressa por Paulo Raimundo (ainda que com valores que não tinham em conta a evolução da inflação) visou tornar claro que, entre o que Portugal recebeu nestes últimos 27 anos em termos líquidos de fundos comunitários e a riqueza cá produzida e que saiu, também em termos líquidos, para países da UE - em forma de juros, lucros, dividendos e rendas - representa para o País um saldo desfavorável. 

Na verdade, ao contrário do que é sistematicamente propagandeado, Portugal, em função das imposições da UE e do Euro, das privatizações e do crescente domínio de capital estrangeiro sobre a economia nacional, tem sido claramente prejudicado. Números que revelam que os fundos comunitários apresentados como compensação para os impactos decorrentes da integração, não são suficientes para compensar os prejuízos daí decorrentes da mesma.  

*dados do Banco de Portugal

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