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Parido Comunista Português

A cultura como conquista da liberdade

"A questão política que se coloca é a de contrapor diversidade à homogeneização. (...) A de fazer desenvolver em cada indivíduo um criador, não um consumidor passivo e rotineiro de mercadorias culturais." Esta foi uma das ideias-chave que ontem foram ilustradas num dos muitos contributos sobre a concepção de cultura do PCP e da CDU que deram corpo à iniciativa que fechou o dia de campanha. A Padaria do Povo, em Lisboa, acolheu uma acção que, com o contributo de criadores e apoiantes da CDU foi simultaneamente um gesto, um produto e uma reflexão sobre cultura. Os filmes das realizadoras Catarina Romano e Catarina Alves Costa, a música de João Polido, a ilustração de Pedro Vieira, a voz de Tiago Santos e a montagem de João Faria, construíram as imagens e sons, não de um "momento cultural" mas da iniciativa em si mesma.

Depois da escritora e candidata Ana Margarida Carvalho apresentar a lista de mais 130 agentes e trabalhadores da cultura que subscreveram o Manifesto de apoio à CDU, João Oliveira encerrou a sessão afirmando que "na batalha pela democracia, a cultura é uma dimensão decisiva. Num mundo em que os indivíduos são cada vez mais empurrados para olharem para o seu próprio umbigo e numa base utilitarista, esta concepção da CDU, da cultura enquanto factor de realização individual socialmente considerado, como um espaço de construção de identidade que partilhamos com outros e que inventamos na relação com outros, não apenas no espaço das nossas fronteias mas na relação com outros povos, não apenas do continente europeu mas com povos de todo o mundo, é uma concepção contracorrente que a CDU afirma."

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