Comício em Setúbal
Mais trabalho, mais cidade






































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«Mais trabalho, mais cidade», não é apenas parte do refrão. Como sublinhou o primeiro orador da noite, Rogério da Palma Rodrigues, cabeça de lista à Assembleia Municipal, a obra realizada pela CDU merece o reconhecimento da população, facto que, realçou, se tem constatado nos contactos directos realizados por eleitos e activistas ao longo das últimas semanas.
Para Rogério da Palma Rodrigues, no próximo dia 29 de Setembro, os eleitores têm duas importantes decisões a tomar: ir votar combatendo a abstenção, e, votando, escolher quem tem provas dadas, referiu, apelando, depois, a que «o povo levantado do chão» enfrente as novas ameaças que «este governo contra-revolucionário» quer impor, e «não caia no logro de votar nos partidos da direita», contrários «aos seus interesses de classe», afirmou.
Já a actual presidente da Câmara Municipal de Setúbal e cabeça de lista da CDU a um novo mandato na autarquia, Maria das Dores Meira, considerou que «estamos na última etapa [da campanha], que é sempre a mais difícil», mas «ainda há tempo de levar mais um amigo a votar na CDU», aduziu, para, seguidamente, pedir não apenas o reforço da CDU em todos os órgãos autárquicos, mas maiorias absolutas.
Advertindo os setubalenses contra candidaturas que propõe o regresso ao passado e «não conhecem nem Setúbal nem Azeitão», Maria das Dores Meira relembrou o património de obra feita pela CDU no último mandato e concluiu sublinhando os três eixos centrais do programa que a Coligação PCP-PEV propõe: mais cidade, mais rio e mais trabalho - orientações estratégicas que garantem o prosseguimento do projecto carregado de futuro de que a CDU é protagonista.
O voto que conta
Antes de Jerónimo de Sousa encerrar o comício em Setúbal, Fernanda Pésinho, intervindo em nome do Partido Ecologista «Os Verdes», acusou «os que se têm sentado nas cadeiras do poder e fedem a miséria» de serem os responsáveis pela situação em que se encontram o povo e o País. Não são, por isso, a solução para os problemas que criaram, disse a dirigente do PEV, que instou ao uso do voto como arma para castigar PSD, CDS e PS, e a que seja depositada confiança na CDU para a «defesa do Portugal democrático, das conquistas e valores da revolução de Abril».
A finalizar a iniciativa, o Secretário-geral do PCP escalpelizou as consequências do Pacto de Agressão subscrito por PSD, CDS e PS, alertou para as manobras de ilusionismo empreendidas pelos partidos da troika no actual período de caça ao voto - procurando, assim, sacudir as respectivas responsabilidades -, e para a ofensiva que o Governo prepara em surdina. Mas o destaque das palavras de Jerónimo de Sousa vai para um apelo ao voto deixado a quatro dias dos portugueses irem às urnas «exercer um direito que durante quase 50 anos, no fascismo, lhes foi negado».
Dirigindo-se aos «milhares de eleitores roubados nos seus salários e nas suas reformas, aos milhares de desempregados a braços com dramáticas situações, aos que vêem retirados o direito à saúde ou à protecção social»; aos muitos eleitores do PSD que enganados pelas falsas promessas e hoje [encontram-se] indecisos sobre a forma de manifestarem o seu descontentamento»; aos «muitos socialistas desiludidos com o PS», a sua «postura de falsa oposição» e «comprometimento com o Pacto de Agressão»; aos «muitos portugueses que causticados por anos de política de direita - ora pela mão do PS ora pela mão do PSD e CDS - se sentem desanimados e sem vontade de fazer ouvir a sua voz», e aos indignados que se interrogam o que posso eu fazer contra “este estado de coisas”», Jerónimo de Sousa apelou a que «apoiem aqueles com quem podem sempre contar para fazer valer os seus direitos» e «combatem corajosamente esta política desgraçada».
«Votem na CDU com a segura certeza de que o seu voto não é traído», insistiu. «Juntem-se à CDU e engrossem a corrente dos que não se rendem perante as dificuldades», acrescentou.
Dia 29, concluiu, o voto é «em quem dá garantias de uma acção nas autarquias mais capaz de dar solução aos problemas e aspirações das populações»; é «contra as troikas nacional e estrangeira»; é «o voto que conta para afirmar o direito do País a um desenvolvimento soberano e devolver aos trabalhadores, aos reformados, aos jovens, aos pequenos e médios empresários, o que lhes foi roubado».
«É o voto que dará força à luta para resistir a novos roubos, a mais liquidação de direitos, a mais empobrecimento», contribuindo, ainda, para dar força e esperança à possibilidade de «construir uma política patriótica e de esquerda que dignifique a vida dos portugueses, que combata as injustiças» e «assegure uma vida melhor num Portugal com futuro», disse Jerónimo de Sousa.