Hipoteca Sobre os Borbenses

Joaquim Serra
A situação económica e financeira do Município de Borba revela bem quanto desastrosa e ruinosa foi a gestão do Partido Socialista ao longo dos últimos 12 anos.
Segundo o Relatório de Gestão de 2012:
Dívida Oficial: 13 milhões de Euros
Prazo Médio de Pagamentos: 416 dias
Resultado Líquido do Exercício Negativo: 450 mil euros
No final de 2012 o Município de Borba encontrava-se em “situação de desequilíbrio financeiro” em linguagem corrente em situação de falência.
Como se chegou a este caos?
Borba está nesta situação porque os sucessivos erros de gestão cometidos pelo PS o levaram a este triste desenlace.
Negócios ruinosos como por exemplo a entrega da água e saneamento em alta às Águas de Portugal, projetos desenvolvidos sem avaliação de encargos e sem acautelar os apoios comunitários como é o caso do Pavilhão de Eventos, projetos desenvolvidos em que se gastaram os recursos financeiros e não se resolveram os problemas existentes como é o caso da Ampliação do Mercado, que não agrada nem a vendedores nem a utentes, ou compromissos assumidos substituindo-se o Município ao Governo Central e assumindo as despesas de pessoal e funcionamento com a Loja do Cidadão.
A causa principal reside no modelo de gestão adotado pelo Partido Socialista, um modelo de inspiração neo-liberal, centralizador e subserviente ao poder central e desprezando serviços públicos, trabalhadores e cidadãos, servidor de interesses particulares e de grupo em detrimento da defesa do interesse público.
A situação financeira da Câmara Municipal de Borba irá condicionar por muitos anos a autonomia bem como a capacidade de investimento, situação agravada com o empréstimo celebrado pela actual maioria PS com o Governo, designado PAEL, no montante de cerca de 5 milhões de euros para pagamento de dívidas vencidas e que se irá prolongar por um período de 20 anos com taxas de juro e amortizações que obrigam a encargos anuais de mais de 400 mil euros.
Durante o período em que vigora o empréstimo o Município fica obrigado a colocar no máximo ou “optimizar” impostos, taxas, tarifas e preços municipais.
A Gestão do Partido Socialista impôs aos munícipes, às instituições locais, à vida no concelho uma hipoteca para pelo menos duas décadas, hipoteca esta que já está em execução.
Borba e os Borbenses precisam de uma nova política, de um novo governo municipal experiente e competente, que enfrente a situação, que retire o Município da grave situação financeira em que se encontra e que a todos penaliza.