CDU apresenta um maior número de candidaturas em todo o território nacional

Força mobilizadora na qual o povo confia

Amplamente reconhecida pelo trabalho, honestidade e competência, a CDU apresenta às próximas eleições autárquicas um maior número de listas em todo o território nacional comparando com 2009, factor que, a par da obra ímpar realizada, da coerência do seu projecto político e da intensa campanha de esclarecimento e de massas que promove, consolida a CDU como a força mobilizadora na qual o povo pode confiar.

Segundo os dados preliminares apurados na fase final da entrega das candidaturas (o balanço nacional definitivo será apresentado ainda durante o mês de Agosto numa iniciativa da Coordenadora da CDU), é possível afirmar que a CDU parte para a batalha eleitoral autárquica reforçada. No próximo dia 29 de Setembro, a Coligação PCP-PEV concorre a todos os órgãos municipais do continente e da Região Autónoma da Madeira, e a 11 concelhos da Região Autónoma dos Açores, num total de 301, revelou Jorge Cordeiro, do Secretariado do Comité Central, em conversa com o Avante!.

Ao nível das freguesias, e considerando o número daquelas unidades administrativas antes da extinção de mais de um milhar de freguesias imposta pelo Governo PSD/CDS, os números provisórios indicam, igualmente, uma presença alargada da CDU em todo o território nacional, candidatando-se a cerca 2400 assembleias, isto é, a mais 140 freguesias, adiantou.

Para o responsável autárquico do PCP, tal confirma «o crescente enraizamento, implantação e influência social e política do PCP e dos seus aliados». O facto é tanto mais notável quanto se sabe que o colectivo comunista, o Partido Ecologista «Os Verdes» e a Intervenção Democrática, bem como milhares e milhares de independentes que na CDU desenvolvem actividade, não esgotam a sua intervenção no terreno eleitoral.

Enquanto preparavam as candidaturas, os militantes comunistas, os ecologistas, os homens e mulheres sem partido que integram a CDU, imbuídos de profundos valores progressistas, democráticos, patrióticos e de esquerda, promoveram a luta nos planos institucional e de massas, expressando na prática uma consciência política e social e uma dinâmica transformadora sem paralelo.

O nosso povo sabe e reconhece que encontra nos eleitos da CDU, nos seus candidatos e activistas, a força, o entusiasmo e a determinação para reivindicar, resistir e lutar contra a política de direita agravada pelo Pacto de Agressão e as suas consequências nos planos nacional e local. Acção quotidiana e concreta com a qual as populações contam e que ficou patente nos protestos contra a degradação generalizada das condições de vida e o empobrecimento, na luta contra a destruição e desmantelamento de serviços públicos – encerramento de unidades e valências de saúde, alteração para pior de carreiras e transportes e introdução de tarifas e portagens, encerramento de postos dos CTT e de dependências da administração central, etc. -, e na defesa das freguesias, alvo recente da ofensiva governamental.

«Os eleitos da CDU foram os que mais solidamente estiveram ao lado das populações na defesa das freguesias, os que sempre estiveram ao seu lado na acção em defesa dos serviços locais, dos trabalhadores e da identidade das freguesias. Esse é um elemento que deve pesar na hora de votar, tanto mais que só a CDU se compromete claramente a manter, e até a reforçar, os serviços e funcionários das juntas tal qual existiam antes da sanha destrutiva imposta pelo executivo Passos/Portas, e inscrita no memorando subscrito com a troika pelo PSD, CDS e PS», sublinhou Jorge Cordeiro.

Marcas distintivas

As candidaturas preconizadas pelo PCP-PEV distinguem-se, também, por preconizarem uma forma de envolvimento político que recusa benefícios ou prejuízos para quem assume a responsabilidade de representar e trabalhar nas autarquias em prol do bem-estar e do desenvolvimento, componente substantiva da CDU face a outras forças políticas.

Elemento diferenciador que emerge dos dados provisórios disponíveis, é, ainda, a «participação e convergência de dezenas de milhares de independentes vinculados a um projecto autárquico de conteúdo progressista, salientou Jorge Cordeiro.

«Fala-se muito em listas de cidadãos, em candidaturas independentes, mas o que observamos nas cerca de 80 candidaturas apresentadas nesses moldes, é, na esmagadora maioria dos casos, uma falsa independência. Para lá das aparências, na maior parte dos casos as chamadas candidaturas independentes estão associadas a projectos pessoais ou de grupo, com evidentes vínculos partidários e, sobretudo, mantendo fidelidade a fortes interesses económicos.

«É na CDU que melhor e mais consequentemente se expressa o envolvimento unitário, e é na CDU que o povo encontra espaço para expressar a vontade de derrotar o Pacto de Agressão e este Governo, e afirmar a exigência de uma política alternativa, patriótica e de esquerda», concluiu.

Notícia jornal «Avante!», Nº 2072 de 14 de Agosto 2013