Um milhar de pessoas no almoço da CDU em Serpa

Expressiva demonstração de vitalidade

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Almoço CDU, Serpa

Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP

Tomé Pires

1° Candidato à Câmara Municipal

Sara Romão

1ª Candidata à Assembleia Municipal

Cerca de um milhar de apoiantes da CDU encheu o Pavilhão de Exposições e Feiras, em Serpa, num almoço onde ficou patente a expressiva vitalidade do projecto autárquico da Coligação PCP-PEV.

A afluência à iniciativa superou, em muito, as melhores expectativas, obrigando a candidatura concelhia a colocar mais mesas e cadeiras na nave de exposições para acomodar todos os que quiseram participar, e a equipa de militantes do PCP que confeccionou o almoço a redobrar esforços.

«O povo deste concelho acredita na CDU e vai prová-lo no próximo dia 29», sintetizou Sara Romão perante uma massa humana entusiasmada. Intervindo depois de terem sido apresentados nominalmente todos os candidatos às assembleias de Freguesia, entre os quais muitos jovens e trabalhadores, a cabeça de lista à Assembleia Municipal de Serpa sublinhou o processo de «renovação das listas, mas alicerçado na continuidade da obra da CDU no Concelho».

O prosseguimento do trabalho realizado nas últimas décadas em Serpa foi igualmente salientado pelo primeiro candidato da CDU à Câmara Municipal, Tomé Pires, para quem este é «um projecto com a população e para a população».

«Estas eleições assumem uma acrescida importância», disse ainda, sustentando a afirmação no facto de o voto na CDU garantir não apenas a manutenção de políticas progressistas nas autarquias, mas também «a continuidade da luta contra o encerramento do hospital, pela conclusão das obras no IP8 e no sistema de regadio do Alqueva, em defesa das freguesias e do aproveitamento do Aeroporto de Beja».

«Quando vínhamos a entrar em Serpa, um cartaz de uma outra candidatura afirmava que “o povo é quem mais ordena”. Não podíamos estar mais de acordo, e em Serpa o povo vai ordenar que [o município] continue com a CDU», afirmou, por seu lado, Jerónimo de Sousa.

Num concelho que agora tem apenas cinco freguesias em resultado da liquidação imposta pelo Governo PSD/CDS, o Secretário-geral do PCP apelou a que, «no próximo dia 29, o voto seja na única força que lutou contra a extinção e se compromete a repor as freguesias tal qual existiam».

Jerónimo de Sousa acusou ainda o Governo de Passos/Portas de, «armado do Pacto de Agressão» subscrito por PSD, CDS e PS, «fazer o País andar para trás». E deu como exemplo o desemprego, que hoje «atinge níveis só comparáveis aos últimos anos do fascismo».

«Muitos jovens dependem dos seus pais e, até, dos seus avós», denunciou. «Muitos são forçados a emigrar» e a maioria «tem dificuldades em organizar uma vida emancipada».

Os números do desemprego divulgados ontem pelo IEFP mostram igualmente «a patranha» que o Governo propagandeia quanto a uma alegada inversão de ciclo. A verdade, acrescentou, é que «passado o efeito sazonal dos meses de Julho e Agosto», hoje existem «mais 21 mil e 600 desempregados face ao período homólogo de 2012» e cerca de «mais 10 mil face ao mês de Julho».

Para o Secretário-geral do PCP, os dados oficiais confirmam, afinal, «que o PCP tinha razão» quando alertava para o logro governamental do suposto novo ciclo, por isso, concluiu, «cada dia que passa, mais razão temos neste objectivo de exigir a demissão do Governo, a devolução da palavra ao Povo» e a colocação de «um ponto final nesta política».