CDU reúne mais de 400 pessoas num jantar

Devolver a Évora o tempo perdido

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Jantar CDU, Évora

Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP

«Este é um projecto de ruptura com os partidos e com as políticas que conduziram o País, o distrito e o concelho à crise em que se encontram», afirmou Carlos Pinto de Sá num jantar de apoio às candidaturas da CDU aos órgãos autárquicos eborenses.

Depois de fazer um balanço crítico fundamentado de uma década de gestão municipal do PS, e de apresentar as propostas da CDU para, em todas as áreas, inverter o ciclo desastroso que mergulhou o município na falência técnica, Carlos Pinto de Sá salientou a necessidade de «reconstruir a Câmara» redirecionando-a para «a defesa do interesse público».

Perante uma plateia de mais de 400 pessoas, o cabeça de lista do PCP-PEV à Câmara Municipal de Évora sublinhou, ainda, o carácter colectivo do projecto da CDU, considerou-o portador da esperança, aberto e abrangente.

No encerramento da iniciativa, Jerónimo de Sousa também destacou a matriz unitária da CDU, lembrando os mais de 12 mil homens, mulheres e jovens sem partido que integram as listas ao nível nacional, e instou os presentes a trabalharem com entusiasmo, humildade e afinco para «devolver a Évora o prestígio perdido».

Num concelho onde o Governo extinguiu sete freguesias, Jerónimo de Sousa não deixou a questão passar em claro e responsabilizou os partidos subscritores do Pacto de Agressão por essa ofensiva ao Poder Local que «lesa os interesses das populações e enfraquece a democracia», acusou.

«É mentira que a extinção resulte em poupança. O que pretendem é deixar as populações mais afastadas e mais isoladas, tal como acontece «com o encerramento de escolas, do centro de saúde, de postos dos correios ou de transportes públicos».

«A CDU não é apenas a força que lutou contra a extinção de freguesias, mas a única que se compromete a repô-las», lembrou Jerónimo de Sousa para assinalar a diferença entre a Coligação e as forças políticas que assinaram com a troika estrangeira essa «arma de destruição massiva de direitos, salários e, até, da esperança» que é o Pacto de Agressão.

«Com a aproximação das autárquicas, começaram a falar de um novo ciclo», prosseguiu o dirigente comunista para frisar que essa mentira do Governo durou menos tempo que «manteiga em nariz de cão». A prová-lo estão os últimos dados do desemprego divulgados pelo IEFP, que indicam que o despedimento de milhares de professores foi suficiente para abafar o efeito sazonal da descida do desemprego, e, pelo contrário, confirmar que, em matéria de emprego estamos pior que no mesmo período de 2012.

«Quem está mais fraco é o Governo; quem está derrotado é o Governo, e não quem tem sido alvo das suas medidas», concluiu Jerónimo de Sousa acrescendo, assim, razões para a confiança no reforço da CDU.