António Jara | BALANÇO POLÍTICO DE 3 MANDATOS DO PS NA CÂMARA MUNICIPAL DE ÉVORA
António Jara
Na realidade poderíamos resumir de uma forma simples – foi uma gestão financeira desastrosa/ ruinosa, contrária aos interesses gerais da população, que conduziu pela 1ª vez o Município a uma situação de “Desequilíbrio Financeiro Estrutural” e que na prática não é mais do que Falência Técnica. A dívida total é de 73.243.945,47€, foi ultrapassado o limite de endividamento líquido, as dívidas a fornecedores são de quase 2 anos, houve venda de património e não tem Obra feita!
No que respeita às pequenas obras (não menos importantes) também falharam em toda a linha, toda a gente se queixa e é visível a falta de limpeza pública e das sarjetas, o mau estado dos pavimentos das ruas e parques de estacionamento, a falta de pinturas das passadeiras dos peões, etc.
Na realidade nestes 12 anos de gestão da CME pelo PS, a vida cultural ficou residual, assistiu-se à desertificação do Centro Histórico e Évora continua como uma série de Bairros à procura de uma cidade, valendo-lhe apenas o seu riquíssimo património histórico (património da humanidade) e a Universidade. Temos que recordar que promessas não faltaram nas campanhas eleitorais e nos programas, mas ficaram todas por cumprir (palavras leva-as o vento).
É de referir que para esta situação financeira contribuíram não só uma gestão desastrosa mas também a situação económica do País e a política de austeridade imposta pelo governo PSD/CDS e a TROIKA.
Sobre a situação económica actual do nosso País, convém recordar alguns factos: o PS aumentou a dívida pública entre 2005 e 2011 em muitos mil milhões de euros e o “ Memorando de Entendimento com a TROIKA”, assinado pelos 3 partidos (PS, PSD e CDS), inclui entre outras medidas: privatizações, cortes na Saúde, na Educação, nas prestações Sociais, nas reformas, nos ordenados, nas leis laborais, aumentos dos impostos, sendo, por isso, o grande responsável pela recessão económica, com falências, desemprego em crescendo, emigração, destruição da classe média, aumento do fosso entre ricos e pobres e aumento brutal de pobreza, miséria e fome. Estas medidas de austeridade não ficam por aqui, na medida em que a chamada dívida é impagável e exemplo disso é que está sempre a aumentar (já vai em 131% do PIB) e os juros agiotas continuam elevadíssimos.
Com este quadro negro a situação do Município é muito difícil, mas Évora merece uma nova gestão e a esperança é a última a morrer.
António Jara
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