A Coordenadora da CDU de Coimbra
Sobre a inscrição mural da CDU nas "escadas monumentais"
Quarta 25 de Maio de 2011A CDU pintou, no passado dia 22 de Maio, Domingo uma inscrição mural ao longo da escadaria que dá acesso à Universidade de Coimbra, conhecida por todos como “escadas monumentais”. Numa acção no quadro da Juventude CDU, direccionada para os problemas dos estudantes do ensino superior, da pintura constam o fim das propinas e do Processo de Bolonha e a exigência de mais bolsas de estudo, culminando num apelo de que a luta por estas reivindicações se traduza no voto na CDU nas próximas eleições de dia 5.
Sobre isto quer a CDU esclarecer:
1. O exercício da Liberdade de Propaganda é regulado, para além da Constituição, pela Lei 97/88, com a alteração introduzida pela Lei 23/2000 de 23 de Agosto, que estabelece taxativamente os locais a ele vedados, não se enquadrando aquele lugar em nenhuma das previsões.
2. Acresce, para que quem conhece Coimbra sabe que aquele local – que nos anos 40 tomou o lugar da “escadaria do liceu”, aquando da “reconstrução” da Alta de Coimbra - tem sido, desde os anos 60 utilizado por diversas forças políticas, organizações juvenis, associações de estudantes, como palco para a expressão pelas mais diversas formas – incluindo a pintura mural – expressar o descontentamento e o protesto, enfrentando tantas vezes a repressão. Precisamente por esse facto se tornou emblema do contributo de resistência e de luta dado pelos estudantes para as lutas mais gerais em defesa da liberdade e da democracia, quer antes, quer depois do 25 de Abril.
3. O empolamento dado a esta acção de propaganda da CDU só pode ser lido como uma campanha que se destina a atingir a intervenção política da CDU e o que ela comporta de proposta alternativa ao rumo de desastre que está a ser imposto ao país.
4. A CDU reafirma, para lá deste episódio, o seu compromisso na luta por um ensino público, gratuito e de qualidade, pelo fim das propinas e no combate contra os cortes no financiamento do ensino superior, a gradação das condições de ensino e investigação, a falta de saídas profissionais para os milhares de estudantes que todos os anos terminam os seus cursos.
A Coordenadora da CDU -Coimbra