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Força e confiança no comício em Beja

É com a CDU que se decide o futuro

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Jerónimo de Sousa apelou em Beja aos indecisos, aos desiludidos com os partidos da política de direita, que vençam hesitações e furem as contas ao PS, PSD e CDS, demonstrando-lhes que não são donos dos votos dos portugueses.
«Tanta juventude», começou por notar o secretário-geral do PCP. A afirmação faz justiça à forte presença de jovens na iniciativa, repetindo, aliás, o cenário observado, ao final da tarde, no contacto com a população em Moura.

Tal como naquela autarquia gerida pela CDU, onde a obra feita ilustra que os comunistas e os seus aliados são capazes de conduzir com sucesso o destino colectivo, também em Beja a adesão das gerações mais novas à força patriótica e de esquerda sinaliza que a Coligação «está bem e recomenda-se, cresce e avança, e assim vai continuar até às eleições do dia 5 de Junho».
Confiança tanto mais fundamentada quanto se sabe que «fomos para esta batalha eleitoral no quadro de uma intensa ofensiva ideológica», na qual se multiplicavam os apelos «à desistência e à resignação» e se amplificavam as vozes «dos que diziam que não vale a pena lutar, nem votar», salientou Jerónimo de Sousa.

Mas a CDU foi para o terreno, «ouviu, falou e esclareceu sem nunca baixar os braços», mesmo sabendo «que ia encontrar muitos portugueses enganados, desiludidos», insistiu o secretário-geral do Partido, que mais adiante lembrou que «PS, PSD e CDS não têm o direito de se substituírem aos portugueses», como o fizeram ao assinar o acordo com a troika estrangeira, aludiu.
Agora, na hora da caça ao voto, «têm vergonha de assumir o que querem fazer» ao povo e ao País, considerou Jerónimo de Sousa. «Nem sequer esperaram que o povo se pronunciasse», lembrou antes de deixar «aos indecisos, aos que vacilam porque se sentem enganados» um forte apelo para que «votem na CDU» e «mostrem ao PS, PSD e CDS que, afinal, não são donos dos votos dos portugueses».

Confiem na força «que jamais deixará de cumprir a sua palavra», disse.

É a realidade que os julga
No jardim do tribunal de Beja, Jerónimo de Sousa julgou ainda PS, PSD e CDS pelas consequências da política que têm vindo a impor nos últimos 35 anos. «Já ninguém pode dizer que não temos um País mais injusto, desigual e dependente», onde sobressaem «o desemprego, a recessão e a destruição do aparelho produtivo nacional», salientou.

O défice alimentar de Portugal, «passados 25 anos de adesão à UE e muitos milhões de subsídios para não se produzir», é o retrato fiel das consequências de uma política orientada para os grandes grupos económicos e de distribuição nacionais e estrangeiros, frisou ainda o secretário-geral do PCP.

Para Jerónimo de Sousa, exemplos claros disso mesmo são o facto da área cultivada ter diminuído 42 por cento; de ¼ das explorações agrícolas terem sido liquidadas, de termos os agricultores mais velhos e com menores rendimentos da Europa, e dos jovens agricultores desesperarem por uma ajuda quando grossas maquias são entregues a título de uma trintena de projectos ditos de interesse nacional (PIN´s).

De termos a maior Zona Económica Exclusiva – continuou – mas não termos capacidade para capturar o pescado que consumimos. «Olhem para o caso do leite e da vinha, que em 2015 deixa de ter quotas», insistiu antes de deixar a certeza de que a CDU tem propostas para a agricultura as pescas e a indústria, e que «Portugal não está condenado a ser um protectorado».
Já antes de Jerónimo de Sousa, o cabeça de lista da CDU pelo círculo eleitoral de Beja, João Ramos, havia deixado duras críticas ao PS e PSD, nomeadamente aos primeiros candidatos daqueles partidos no distrito, afirmando, igualmente, «que o País não acabará se PS ou PSD não vencerem as eleições. O que acaba é o seu reinado», concluiu.

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