| A empresária que citou o programa da CDU |
| 17 de Setembro de 2009 | |
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O dia começou em São Domingos de Rana, com a visita às instalações da Luís Amaro Bexiga e Herdeiros, uma empresa de madeiras e materiais de construção. A receber Jerónimo de Sousa e a restante delegação da CDU (composta, entre outros, pelo vereador e candidato à Câmara de Cascais, Pedro Mendonça e os candidatos às legislativas José Luís Ferreira, Cláudia Madeira e Clementina Henriques) estava a filha do proprietário, Leonor Sousa. Com mais de 50 anos de actividade, a empresa conta actualmente com 15 trabalhadores, mas já empregou 27. Ninguém foi despedido, mas a verdade é que não puderam dar trabalho aos muitos jovens que ali o procuram. E o trabalho justificava-o, conta a administradora, ao mesmo tempo que valorizava o cumprimento, por parte da empresa, das normais legais de higiene e segurança e da elevada formação profissional dos operários. Para fazer face às dificuldades, a Luís Amaro Bexiga tem variado os seus clientes e ramos de actividade – das peças por medida à construção civil passando pelas encomendas de designers. Até agora, tem conseguido sobreviver, mas são visíveis os esforços feitos: os restos de madeira são aproveitados para alimentar a caldeira de uma máquina. Foi a forma encontrada de não aumentar ainda mais a factura energética. Falando aos jornalistas sobre os principais problemas com que a empresa se depara e soluções mais vantajosas, Leonor Sousa parecia estar a citar as propostas da CDU, mas não estava. Apenas falava do que sente, todos os dias. Falou da necessidade de acabar com o Pagamento Especial por Conta, do elevado preço da energia e dos incomportáveis impostos cobrados às pequenas empresas.Face às propostas da empresária, Jerónimo de Sousa limitou-se a reafirmar que esta situação «não é uma fatalidade» e que é possível mudar. Em sua opinião, não se pode apelar à competitividade das empresas permitindo que se mantenham estas condições de desigualdade face aos concorrentes estrangeiros. Os espanhóis, por exemplo, tem salários mais elevados mas conseguem colocar em Portugal materiais de construção a preços mais competitivos. |








