Jerónimo de Sousa no Couço

Mais força em Coruche

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José Marcelino

1° Candidato à Câmara Municipal

Almoço da CDU, Couço

Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP

«Por um concelho melhor por todos» é o lema da CDU de Coruche, que propõe-se iniciar um novo ciclo, com uma equipa capaz de protagonizar a mudança que se impõe ao fim de 12 anos de governação PS. No penúltimo dia da campanha eleitoral para as eleições autárquicas, Jerónimo de Sousa esteve na Freguesia do Couço, onde sempre houve um punho erguido, antes e depois do 25 de Abril.

Ali, o Secretário-geral do PCP participou, na Casa do Povo, num almoço com 300 pessoas, apoiantes, activistas e candidatos da CDU, entre os quais, Hortelinda Graça, cabeça-de-lista à Junta de Freguesia, e José Marcelino, que encabeça a lista à Câmara Municipal. Valter Peseiro é o primeiro candidato à Assembleia Municipal. Na mesa da presidência estiveram ainda Rui Feiteira, da Comissão de Freguesia do Couço, Pedro Silva, do Comité Central e responsável pelo concelho de Coruche, Manuela Pinto Ângelo, do Secretariado do Comité Central, Diamantino Ramalho, da Comissão de Freguesia do Couço, e Luís Alberto, presidente da Junta de Freguesia do Couço.

Depois da intervenção de Hortelinda Graça, que prometeu continuar o bom trabalho realizado pelos eleitos da CDU, José Marcelino afirmou que a CDU ambiciona um concelho capaz de atrair investimento e emprego, que invista na reabilitação do comércio tradicional, que aposte na educação, na cultura, no associativismo e que trabalhe em conjunto com as instituições sociais. De igual forma, a Coligação promete uns serviços municipais que respondam às necessidades da população, atempadamente e com qualidade, combatendo o despesismo e o desperdício supérfluo.

José Marcelino prometeu, quase a terminar, criar um gabinete que ajude todos os pequenos empresários, agrícolas, comerciais e industriais, bem como construir um centro de dia, com lar de idosos, em cada freguesia. A par dos mais velhos, as crianças do concelho também não serão esquecidas pela CDU.

Para além de Hortência Graça (Couço), Paulo Costa, Manuel Cardoso, Florbela Fernandes, Manuel Gomes e Ilídio Serrador, encabeça as listas da CDU às assembleias de freguesia do Biscaínho, da Branca, da Lamarosa, de Santana do Mato e da União das Freguesias de Coruche, Fajarda e Erra.

Para que tal aconteça, salientou o candidato, «precisamos que no dia 29 de Setembro se vote na CDU», para que «todos os habitantes do concelho sejam tratados de igual modo».

Demissão do Governo

Por seu lado, Jerónimo de Sousa, na sua intervenção, focou o chumbo do Tribunal Constitucional às alterações às leis do trabalho, que PSD e CDS votaram a favor, com a abstenção do PS. «O Tribunal Constitucional decidiu que eram inconstitucionais medidas como o despedimento por inaptidão do trabalhador, de despedimento por extinção de posto de trabalho, que a lei se sobrepusesse à Contratação Colectiva», informou, frisando que «os juízes do Tribunal Constitucional estiveram do lado da Constituição da República» e que, do outro lado, «o Governo está contra a Constituição da República».

Este resultado, segundo o Secretário-geral do PCP, para além dos requerimentos de fiscalização sucessiva, apresentados pelo PCP, «Os Verdes» e BE, deve-se «à poderosa luta dos portugueses». «Esteve bem o Tribunal Constitucional, que defendeu a Constituição. Quem está a mais é o Governo, que sucessivamente viola a nossa lei fundamental. É um Governo ilegítimo, fora da lei, fora da Constituição da República, que deve ser demitido», acrescentou.

Sobre o que a maioria PSD/CDS quer fazer, agora, aos reformados e pensionistas da função pública, Jerónimo de Sousa apelou a que as pessoas não se «iludam». «Hoje é para a função pública, amanhã é para os trabalhadores do regime geral. Eles têm apenas um objectivo, que é empobrecer o povo português, aumentar a exploração, puxar para baixo mesmo aqueles que têm uma vida remediada», acusou, voltando a exigir, sobre o som das palmas de todos, «a demissão deste Governo» e a «convocação de eleições, dando de novo a palavra ao povo».