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Intenso desfile no Porto

Uma força a crescer!

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Imenso e intenso. Com estas duas palavras se pode descrever o desfile da CDU que percorreu hoje à tarde a Rua da Cedofeita, no centro do Porto. À chegada de Jerónimo de Sousa, foram muitos os que o quiseram saudar e a recepção foi de tal ordem que o Secretário-geral do PCP confessaria, momentos mais tarde, no final do desfile, ser «bom vir ao Porto» para «carregar as pilhas» para as acções de campanha que restam. Heloísa Apolónia deixara já escapar ao microfone um «bolas, que grande arruada!»

Ao som de palavras de ordem entoadas com a emoção característica das gentes do norte, largas centenas de activistas da coligação PCP-PEV distribuíram folhetos e apelaram ao voto na CDU, ao mesmo tempo que escutavam as queixas que os comerciantes lhes dirigiam: «estamos às moscas», diriam mesmo duas lojistas a Jerónimo de Sousa, quando este os foi cumprimentar. Outra comerciante, que abordou o dirigente do PCP, lamentou a abertura das grandes superfícies comerciais ao domingo, tendo Jerónimo de Sousa lembrado que o PCP e o PEV votaram contra esse projecto de lei e que em autarquias onde estão em maioria estão a ser aprovados regulamentos para impedir o alargamento dos horários de funcionamento dos hipermercados.

Dirigindo-se aos pequenos comerciantes e empresários, Honório Novo garantiu que a CDU mostrou, «na prática, que é a força que defende os seus direitos» já que PS, PSD e CDS «só protegem a banca, os seguros e os grandes grupos económicos». Por acção de 35 anos de política de direita prosseguida por PS, PSD e CDS, recordou o primeiro candidato da coligação pelo distrito, o Porto é hoje a região mais pobre do País, com taxas de desemprego, pobreza e exclusão acima da média nacional.

Honório Novo realçou ainda que a CDU luta pela mudança, «mas não queremos apenas mudar de Governo. Não basta apenas mudar a tripulação do barco da governação, é preciso mudar o rumo».

O actual deputado manifestou-se confiante na possibilidade de reforçar a votação da CDU no distrito e mesmo de eleger mais um deputado. Mas para isso, afirmou, há que continuar os contactos «porta a porta, rua a rua, bairro a bairro, voto a voto».

Heloísa Apolónia e Jerónimo de Sousa valorizaram a confiança que tanta gente pelo País fora demonstra nos candidatos e activistas da CDU. Segundo a deputada do PEV, «muitas pessoas vêm ter connosco com os seus problemas e pedem-nos que os levantemos na Assembleia da República, confiando que o faremos». E deixou um apelo: «levem essa confiança até ao voto.»

Para Jerónimo de Sousa, nem todos os partidos merecem essa confiança. Aliás, «o que prevalece nesta campanha é o que não está dito», acusando PS, PSD e CDS de terem assinado o pacto com a troika e de não dizerem o que é que assinaram: «se assinaram o pacto tinham de ter a coragem de assumir perante o povo o que assinaram», acusando-os de mentir quando prometem mais emprego e melhores reformas e pensões, quando o pacto prevê o aumento do desemprego e o congelamento dos salários e pensões até 2013.

Se mentem ao povo, afirmou Jerónimo de Sousa, PS, PSD e CDS podem estar certos que o povo há-de reagir e de lutar. Aliás, «mais cedo do que tarde, há-de ser o povo a impor o fim da política de direita» e a construir uma política patriótica e de esquerda com um governo capaz de a concretizar. «Dure o tempo que for preciso, o povo pode contar com a CDU!»

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