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Grande almoço em Pinhal Novo

PS, PSD e CDS fazem «contrabando eleitoral»

Se a maioria dos portugueses soubesse quais as medidas que estão previstas no acordo que PS, PSD e CDS assinaram com a troika estrangeira composta pelo FMI/BCE/UE dificilmente votariam num desses três partidos, afirmou Jerónimo de Sousa num almoço no Pinhal Novo, no concelho de Palmela. É precisamente por essa razão que nenhum dos dirigentes desses partidos fala daquilo que assinou, denunciou o Secretário-geral do PCP, chamando às promessas eleitorais que fazem – e que sabem não ir cumprir – de «contrabando eleitoral».

José Sócrates, Pedro Passos Coelho e Paulo Portas não falam também dos destinatários da tal «ajuda externa», a banca e os especuladores, acusou ainda Jerónimo de Sousa, lembrando que BES e BCP estão já na fila para receber uma parte desse dinheiro. «Para dinamizar a economia, para o investimento público, para acudir aos trabalhadores, aos pequenos e médios empresários e agricultores nem um cêntimo», concluiu.
Falando para centenas de pessoas que lotavam por completo o salão da Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Pinhal Novo, Jerónimo de Sousa afirmou que os poderosos não podem fazer o que bem entendem, referindo-se à decisão unilateral do grupo Sonae de impor aos produtores de queijo uma redução de 30 por cento na factura final devido a uma promoção que fez, durante um par de dias, nos seus hipermercados. Foram igualmente os produtores a pagar pela remodelação da imagem e das montras do Minipreço, denunciou.
Antes de Jerónimo de Sousa, falaram ainda Francisco Lopes e Ana Teresa Vicente, presidente da Câmara Municipal de Palmela, que se referiram aos perigos que o plano da troika acarreta para o poder local democrático e para o cumprimento dos compromissos assumidos. Ambos concordaram que mais deputados da CDU a seguir a dia 5 de Junho é essencial para travar estas medidas.

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