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Sessão pública no Montijo

Produzir para sair da crise

Se o abandono da produção nacional foi a principal causa da situação em que o País se encontra, culminando na ingerência externa da troika, a industrialização é uma aposta fundamental para sair dela. Esta foi a principal conclusão da sessão pública Mais produção, mais emprego, realizada numa das ruas principais do Montijo. No seu discurso, escutado por dezenas de apoiantes e por muita gente que por ali passava, Jerónimo de Sousa defendeu o apoio e o investimento na indústria transformadora em sectores como a construção e reparação naval, a siderurgia, a química, a metalurgia ou a metalomecânica ligeira e pesada.

Para o Secretário-geral do PCP, os novos sectores que se instalaram nos últimos anos no distrito de Setúbal - como o automóvel ou a fileira da pasta de papel - sendo de valorizar não podem ser vistos como substitutos dos sectores tradicionais. O dirigente comunista destacou ainda a importância da indústria agro-alimentar para a defesa da soberania do País nesta componente tão importante. Segundo Jerónimo de Sousa, a indústria foi, é e continuará a ser o pilar mais sólido para o crescimento económico e para o desenvolvimento. Tanto assim é que foram os países cujo desenvolvimento assenta na economia real que melhor suportaram o impacte da crise do capitalismo.

Antes, Francisco Lopes, primeiro candidato da coligação pelo distrito, tinha-se já referido ao tema, destacando a importância de sectores como o da cortiça, lembrando a falência, no Montijo, da Monticork. No sector das indústrias eléctricas, referiu-se à luta dos trabalhadores da Montitec, com salários em atraso. Francisco Lopes defendeu ainda a diversificação da estrutura económica do distrito, que não pode depender como depende de um único sector, o automóvel. O voto na CDU é, garantiu, conta duas vezes - ao contribuir para eleger mais deputados da CDU e para eleger menos deputados dos partidos que conduziram o distrito e o País à situação em que se encontra.

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