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Comício enche largo de Pevidém

Confiança no povo e na sua luta

«É tempo de procurar novas soluções para o País com a CDU e o seu reforço, está nas mãos dos portugueses dar a volta a esta situação», concluiu Jerónimo de Sousa, no final de um comício no Largo Central de Pevidém, Guimarães, cheio de entusiastas apoiantes.

No distrito mais jovem do País, depois de um espectáculo musical a cargo de Jorge Lomba, que interpretou canções populares portuguesas «de Abril» e não só, Jerónimo de Sousa dedicou parte significativa da sua intervenção à juventude.
Antes, também o cabeça de lista pelo distrito de Braga, Agostinho Lopes, o mandatário concelhio, Cândido Capela e a candidata pela Juventude CDU, Filipa Goulart, tinham assinalado o trabalho da CDU em prol dos jovens, dos trabalhadores, dos reformados, dos micro e pequenos empresários e do povo português na defesa dos seus direitos.
«Ao contrário do que acontece noutras forças que falam da juventude mais como um enfeite em momento de campanha eleitoral, aqui, neste espaço de combate e de luta são os próprios jovens que assumem as mais importantes responsabilidades», sublinhou Jerónimo de Sousa, lembrando que grande parte deste Grupo Parlamentar também são jovens.

«Os problemas da juventude são os problemas do País», considerou o Secretário-Geral do PCP, salientando que «eles só se resolvem dando resposta aos problemas do desenvolvimento do País, com políticas que promovam o crescimento económico, o emprego com direitos e uma mais justa distribuição da riqueza».

Para os jovens, «é urgente responder ao problema da precariedade», que «já afecta 61,5 por cento do emprego jovem, incluindo os mais qualificados», do desemprego, dos baixos salários e do direito a uma habitação condigna.

Além dos cortes no abono de família, dos aumentos dos spreads bancários, das taxas de juro e dos créditos à habitação, Jerónimo de Sousa abordou a crise no sector têxtil, onde «todos os contratos são a termo, com as entidades fiscalizadoras a fazer «vista grossa», e classificou as empresas de contratação de mão-de-obra temporária como «uma espécie de mercadores de escravos dos tempos modernos».
Com a precariedade incidindo na juventude, «querem pressionar os salários dos trabalhadores efectivos e qubrar a solidatriedade enttre os mais novos e os mais velhos.

Os salários dos contratos precários são 30 por cento, em média, mais baixos, havendo trabalhadores que são despedidos por telemóvel», acusou, lembrando que dois terços dos desempregados não têm qualquer apoio social, actualmente, e que o mesmo número de jovens, entre os 18 e os 35 anos, ainda vivem em casa dos país.
O aumento da emigração «empurra» para fora do país muitos jovens que podiam produzir cá riqueza, explicou o Secretário-Geral do PCP, avisando que «querem desregular ainda mais as relações de trabalho».

«Temos sido aquela força que sem hesitação defende e propõe que "a trabalho igual, deve corresponder salário igual", pondo fim à descriminação salarial dos jovens e das mulheres», lembrou, considerando que «qualquer dia, os jovens só se encontram no facebook», afirmou, saudando os muitos jovens que integram a lista distrital da CDU.

«Quem assinou aquele programa não tem vergonha», acusou, a respeito do programa da «troika».

Heróica tradição de luta

O Secretário-Geral do PCP começou a sua intervenção recordado a longa história de luta do povo de Pevidém pela liberdade contra o fascismo.

Jerónimo de Sousa lembrou uma «marcha da fome», em Maio de 1944, que demonstrou a coragem deste povo. Ao pedir por pão na marcha, sofreu uma intervenção da GNR que deteve, na esquadra, um filho da terra. A população cercou o posto da GNR, forçando-a a libertar o preso, num acto heróico e corajoso.
«Também será a luta dos trabalhadores portugueses que dará a volta a isto, no sentido do progresso e do desenvolvimento», considerou Jerónimo de Sousa, entre fortes aplausos, referindo a «brutal deterioração das condições de vida e de trabalho em resultado da política de direita dos últimos 35 anos, das políticas de austeridade e dos PEC, aprovados pelo PS, o PSD e o CDS». «Querem destruir as conquistas de Abril», acusou.
A precariedade, os baixos salários e o congelamento previsto nesses e nas reformas até 2013, previstos no programa da «troika» e os cortes sociais, incluindo os de apoio aos desempregados, «atirando mais portugueses para a pobreza» foram problemas enfatizados por Jerónimo de Sousa. «Falam mais alto os interesses do grande capital», considerou, avisando que «todo o povo e o País pagarão as consequências esta decisão». Evitar tais consequências, «só através do voto na CDU, que, como ficou claro na intervenção de Agostinho Lopes, «cumpre integralmente os compromissos que assumiu junto dos trabalhadores e do povo», afirmou, destacando todo o trabalho desenvolvido pelos eleitos da coligação no último mandato, salientando que «é preciso arrepiar caminho pela ruptura e a mudança dando mais força à CDU».
Ao som da Carvalhesa, o povo de Pevidém terminou o comício em festa.

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