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Chumbar nas urnas o pacto de agressão e submissão

A situação em que o País se encontra não resulta de nenhuma fatalidade, mas das opções assumidas por PS, PSD e CDS durante mais de três décadas. Esta foi a primeira ideia-chave sublinhada pelo secretário-geral do PCP no mini-comício que hoje de manhã ocorreu em Benfica.

Perante dezenas de activistas e apoiantes da CDU, e alguns transeuntes que se dirigiam ao mercado daquela freguesia alfacinha e por ali ficaram a ouvir a intervenção, Jerónimo de Sousa insistiu que, no actual contexto, muitos portugueses questionam como chegámos a este ponto. Por isso é necessário multiplicar o esclarecimento, dizendo a todos que ao afundamento do País em consequência da política de direita, acresce o autêntico pacto de agressão e submissão imposto pelo FMI e União Europeia.

PS, PSD e CDS defendem o pacote de medidas draconianas chamando-lhe ajuda externa, mas, na verdade, seguindo o rasto dos 78 mil milhões de euros emprestados, verificamos que nem um tostão é canalizado para o desenvolvimento do País.

Ao invés, o capital financeiro nacional e internacional absorve a fatia de leão desta «ajuda», explicou Jerónimo de Sousa, orientação que confirma que os partidos que nos têm desgovernado nos últimos anos, só têm uma receita: «sacrifícios, sacrifícios, e mais sacrifícios para os mesmos de sempre».

O programa comum do PS, PSD, CDS, FMI e UE terá reflexos na vida de cada um, basta olhar, exemplificou o secretário-geral do Partido, para o congelamento dos salários e das pensões, os cortes nas prestações sociais e na comparticipação dos medicamentos, o aumento do IVA e das taxas moderadoras na Saúde, ou a subida das taxas de juro no crédito à habitação.
«Tudo somado, representa mais que o 13.º e 14.º mês que Sócrates vem agora dizer que não vai cortar», conclui o dirigente comunista antes de deixar a mensagem que a CDU vai amplificar até ao dia 5 de Junho.

«Ao contrário do que dizem, Portugal não é um País pobre». Tem recursos e potencialidades, conhecimento e saber, trabalho e quadros, «e é por isso que nós consideramos que temos condições para sair da crise colocando Portugal a produzir».

É isto que está em causa no próximo dia 5 de Junho, escolher entre os que propõe como solução «andarmos de empréstimo em empréstimo», suportando taxas de juro espoliadoras, ou entre «os que acreditam e não desistem de Portugal e dos portugueses», que não precisam de campanhas eleitorais para estar ao lado dos trabalhadores e das populações, que dão a garantia de que os votos neles confiados nunca serão traídos.

Trata-se de optar pela esperança e pela luta, chumbando nas urnas o pacto de agressão e submissão.

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