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Contacto com a população em Olhão

CDU quer eleger um deputado no Algarve

A uma semana do encerramento da campanha para as eleições legislativas, a CDU foi até ao Algarve, onde o desalento e as expectativas em relação ao futuro são cada vez maiores. Situação que Jerónimo de Sousa, acompanhado por Paulo Sá, cabeça de lista pela região, encontrou, logo pela manhã, em Olhão, onde ouviu os desabafos dos comerciantes e da população, no Mercado Municipal, que, de sacos vazios, lhe disseram que a situação é, cada vez mais, insustentável. A todos eles, o Secretário-geral do PCP deixou uma mensagem de confiança de que a CDU tem um projecto e alternativas à política que PS, PSD e CDS querem impor ao povo português.

O Algarve é a região do País onde o desemprego tem vindo a aumentar de forma expressiva, de trimestre em trimestre, e nem o turismo consegue minimizar a situação grave que enfrentam os algarvios. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), no quarto trimestre de 2010, a taxa atingiu os 14,8 por cento. Números que, entretanto, já se agravaram, esperando-se que atinjam, no próximo inverno, os 17 por cento.
«Há dois anos alertámos para a grave situação que poderia atingir a região, face às perspectivas de aumento do desemprego e propusemos a adopção de um plano que minimizasse os seus efeitos, adiantando propostas concretas. A resposta que ouvimos foi um silêncio de chumbo do PS, do PSD e do CDS-PP. Hoje o drama social está instalado», lê-se num documento distribuído durante a acção de contactos.
No final, Jerónimo de Sousa lembrou que o Algarve precisa de deputados que, com honestidade, competência e empenhamento, intervenham, tendo como preocupação os interesses da região e os interesses nacionais. «A CDU está a crescer, e tem reais possibilidades de eleger um deputado no distrito», salientou, deixando um desafio ao governo: subir o salário mínimo para os 500 euros, tal como foi acordado na concertação social. Denunciou, de igual forma, o problema dos atrasos em pagamentos de salários a milhares de trabalhadores.
«O governo tem um compromisso que é o aumento do salário mínimo nacional, tendo em conta o acordo estabelecido com as centrais sindicais, com as centrais patronais», disse o Secretário-geral do PCP, alertando ainda para o facto de existirem «dezenas de milhares de trabalhadores que não recebem» e que a dívida a esses trabalhadores ultrapassa os 30 milhões de euros.
Depois de Olhão, Jerónimo de Sousa desloca-se a Vila Real de Santo António, onde irá visitar uma associação de reformados, e termina o dia com um jantar comício no Mercado Municipal de Faro.

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