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Jerónimo de Sousa no jantar-comício no Couço

Castigar os responsáveis e construir a alternativa

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Confiança no trabalho feito

Ganhos os votos e eleitos os deputados, «houve quem cumprisse o prometido e quem traísse o povo», disse Jerónimo de Sousa no jantar-comício no Couço. Por isso, insistiu, o próximo dia 5 de Junho é uma oportunidade para castigar os responsáveis pela situação a que o País chegou, e começar a construir a alternativa patriótica e de esquerda.

Essa foi a principal ideia deixada pelo secretário-geral do PCP na iniciativa que fez transbordar a Casa do Povo daquela freguesia do concelho de Coruche, distrito de Santarém. Perante uma sala cheia de militantes ligados ao trabalho e à luta, o dirigente do PCP lembrou ainda «aos que dizem que não vale a pena», que a luta de uma vida inteira da maioria da população do Couço é um exemplo a prosseguir.

Quando no fascismo era proibido festejar o 1.º de Maio, também havia quem dissesse que não valia a pena e até que era arriscado, porque vinha a GNR e batia, e prendia, e torturava. Mas o povo do Couço, ano após ano, lá estava a assinalar o Dia do Trabalhador, até ao dia em que o passou a festejar em liberdade, após a libertadora revolução de Abril, aludiu.

«Não baixemos os braços», continuou Jerónimo de Sousa sublinhando que hoje estamos confrontados, por responsabilidade do PS, PSD e CDS, com «um País mais desigual, mais injusto e dependente», situação que obriga a «quebrar com a molenga do costume» de votar ora no PS, ora no PSD. O que ambos têm para apresentar é «a receita do costume, e esta já se percebeu que dará o mesmo resultado».

Receita que é a do acordo com o FMI, «que PS, PSD e CDS assinaram» mas furtando-se a «aparecer na fotografia» do que «jornalistas e comentadores chamam de ajuda». Não querem que se saiba que «metade dos 78 mil mil milhões de euros fica logo lá, para juros e garantias para os bancos», frisou.

«E para o povo? - questionou - só sacrifícios. Para o povo, cutelo levantado», para cortar direitos e salários, agravar as condições de vida, aprofundar as privatizações sem vergonha «dos prejuízos que a entrega dos serviços públicos aos privados causa às populações», disse ainda Jerónimo de Sousa antes de concluir que «todos os que votaram na CDU têm razões para continuar» e ganhar outros que, no primeiro domingo de Junho, não estejam dispostos a confiar «nos que nos levaram ao declínio», nos que governaram contra os reformados, os trabalhadores, os agricultores e os jovens.

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