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Intervenção de José Luís Ferreira, Membro da Comissão Executiva do Partido Ecologista «Os Verdes», apresentação do Mandatário e da Lista de candidatos da CDU pelo círculo de Beja

Apresentação da Lista de candidatos da CDU pelo círculo de Beja - Intervenção de José Luis Ferreira, PEV

Boa tarde, amigos e companheiros
Permitam-me que em primeiro lugar e em nome da Direcção do PEV, saúde as restantes forças politicas que compõem a C.D.U., o PCP e a Associação ID.
Saudar também os muito independentes que de norte a sul do país se tem vindo a juntar a nós,
e em particular as populações do Distrito de Beja, sobretudo aqueles que se têm empenhado na afirmação e na divulgação das propostas da CDU, contribuindo dessa forma para a mudança de políticas que o País e os Portugueses tanto precisam e que só o reforço da CDU tornará objectivamente possível.
Saudar por fim os candidatos da C.D.U. pelo distrito de Beja às eleições legislativas.
Homens e mulheres de trabalho, com sentido de responsabilidade,
e comprometidos com a defesa de mais justiça social e de mais qualidade de vida para os portugueses.
Caros amigos,
O acto eleitoral do próximo dia 5 de Junho, assume uma extrema importância para o nosso destino colectivo e pode traduzir-se numa escolha, mas ao mesmo tempo numa oportunidade.
Uma escolha, não para eleger um primeiro-ministro, nem para eleger um Presidente da Assembleia da República,
mas sim a escolha de 230 deputados, de uma Assembleia da República a quem compete legislar, fiscalizar, definir políticas.
Uma Assembleia, onde os deputados dos Verdes e do PCP, foram uma presença constante e incansável na defesa de um desenvolvimento sustentável e na procura de maior justiça social.
Uma escolha entre aqueles que têm aprovado Orçamentos de Estado que colocaram Portugal como o País da União Europeia com mais desigualdades na distribuição da riqueza e um dos que tem mais população em risco de pobreza,
e aqueles que energicamente a isso se têm oposto, apresentando propostas no sentido de inverter esta tendência, que tem permitido que a pobreza alastre ao ritmo do aumento dos lucros dos grandes grupos económicos.
Mas é também uma escolha, entre aqueles que têm consentido a degradação ambiental, teimando no absurdo do crescimento ilimitado, no produtivismo e no consumismo a qualquer preço,
e quem defende novas politicas, novas prioridades que satisfaçam as necessidades do presente sem hipotecar o futuro.
Uma escolha entre aqueles que remetem o ambiente para segundo plano, invariavelmente atrás dos interesses económicos de alguns, procuram transformar os recursos naturais num mero negócio, seguindo uma visão mercantilista neoliberal da natureza,
E aqueles que vêem nos recursos naturais, como a água, esse bem indispensável à vida, um direito que deve estar ao serviço das populações.
Uma escolha entre aqueles que pretendem colocar portagens de acesso às áreas protegidas, que pretendem transformar os resíduos industriais perigosos em combustíveis subsidiados pelo estado para engordar as cimenteiras,
e aqueles que entendem que as áreas protegidas não devem ter dono e que os resíduos devem ser tratados tendo em vista a sustentabilidade do processo e não os interesses das cimenteiras.
Mas ainda uma escolha, entre aqueles que preferiram cortar nos abonos de família, nos salários, nas pensões e nas reformas,
e aqueles que defenderem a tributação dos milhões e milhões de euros que os accionistas dos grandes grupos económicos ganharam com a distribuição antecipada de dividendos do ano passado.
Foi o PS, o PSD e o CDS/PP, que preferiram proceder aos profundos cortes no Serviço Nacional de Saúde, em vez de colocar a banca a pagar uma taxa efectiva de IRC igual a que paga qualquer Pequena ou Média Empresa.
Foram eles que preferiram aumentar os impostos de quem trabalha, em vez de aumentar a tributação das mais-valias mobiliárias em sede de IRS.
Foram eles que preferiram colocar milhares e milhares de famílias a viver numa verdadeira fuga à miséria, em vez de cortar nos benefícios fiscais da banca e dos grandes grupos económicos, que mesmo em tempos de crise continuam alegremente a engordar os seus fabulosos lucros.
Mas o dia 5 de Junho é também uma oportunidade.
Uma oportunidade, desde logo, para penalizar os responsáveis pela grave crise que o País atravessa.
Sim, porque esta crise não caiu do céu, esta crise tem responsáveis.
E os responsáveis são os Partidos que nos têm Governado ao longo destes 35 anos:
o Partido Socialista, o PSD e o CDS/PP.
Foram eles e só eles que levaram à situação desastrosa que o país atravessa.
Os mesmos que agora chamam o FMI, quando sabemos que essa intervenção não vai resolver os nossos problemas, nem do desemprego, nem do défice.
No momento em que procedemos á apresentação pública dos candidatos da lista da CDU às próximas eleições legislativas, pelo círculo de Beja, parece-nos ainda oportuno perguntar
como se posicionaram os deputados das outras forças políticas quando o Governo apresentou o OE, no qual, do total do investimento distribuído pelos 18 distritos, apenas 0,2% foram direccionados para o distrito de Beja.
Ou seja, 0,2% foi quanto o Governo entendeu que Beja merecia, em termos de investimento, no todo nacional.
De facto dos deputados eleitos por Beja, apenas o deputado eleito pela CDU, se opôs, votando contra.
E como se posicionaram os deputados de Beja quando os Verdes propuseram na A.R. por exemplo:
A limpeza e o desassoreamento do rio Guadiana?
A reactivação do ramal de Moura?
A electrificação da linha ferroviária do Alentejo?
A remodelação do hospital de Beja – 2ª. Fase?
Dos deputados eleitos por Beja, apenas o deputado eleito pela CDU, votou a favor.
São estas posições no concreto que têm de ser avaliadas.
È o trabalho dos eleitos que deve ser tido em consideração no dia 5 de Junho.
E se todos reconhecemos a necessidade de mudar de políticas,
teremos de reconhecer também que essa mudança só é objectivamente possível com o reforço da CDU.
Vamos todos trabalhar, vamos nos comprometer com a mudança, vamos reforçar a CDU.
Viva a C.D.U.

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