Exigir-se-ia ao serviço público de radiodifusão uma cobertura noticiosa da campanha eleitoral pautada por critérios de isenção e pluralismo.
Não parece ter sido essa a opção dessa estação. Dia após dia, como já tivemos ocasião de observar por contactos directos ou protesto escrito, a Antena Um tem mantido uma ostensiva linha de apagamento e desvalorização da campanha da CDU nos seus espaços de informação.

Ex.mo Sr. Director de Informação da RDP


Lisboa, 24 de Setembro de 2009


Exigir-se-ia ao serviço público de radiodifusão uma cobertura noticiosa da campanha eleitoral pautada por critérios de isenção e pluralismo.
Não parece ter sido essa a opção dessa estação. Dia após dia, como já tivemos ocasião de observar por contactos directos ou protesto escrito, a Antena Um tem mantido uma ostensiva linha de apagamento e desvalorização da campanha da CDU nos seus espaços de informação.

O deliberado afastamento da CDU dos noticiários de maior audiência – desde logo o das oito da manhã - onde ainda ontem e hoje (para não recuar mais no tempo) apenas PS, PSD e BE tiveram direito a peças sobre as respectivas campanhas, não pode deixar de ser acolhido com o mais veemente protesto. Um protesto que não pode ser silenciado com base em ardilosas respostas que remetem para uma qualquer justificação estatística, ignorando as audiências absolutamente distintas de noticiários, como o referido, e os editados a meio da tarde ou a meio da madrugada.

Ao canal público de radiodifusão deve ser exigida uma atitude ditada por critérios de igualdade de tratamento e não por um descarado favorecimento de umas candidaturas em desfavor de outras, e muito menos por eventuais simpatias politico-partidárias prevalecentes em quem constrói o alinhamento dos noticiários dessa estação.

A CDU reclama a correcção dos critérios que têm levado à sua discriminação e o respeito pelas mais elementares regras de pluralismo e isenção a que o serviço público de rádio está obrigado.

Com os nosso cumprimentos,

Vasco Cardoso
da Comissão Coordenadora da CDU