Realizou-se a Apresentação Pública dos primeiros candidatos da CDU à Câmara e Assembleia Municipal do Porto, no Hotel Tuela.
Rui Sá, Engenheiro de profissão e vereador desde 1999, é o primeiro candidato à Câmara, e José Luís Borges Coelho, maestro coral, é cabeça de lista à Assembleia, da qual é actual membro.
A iniciativa contou com a presença do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa.

Na iniciativa de apresentação, Rui Sá lembra que «ao longo deste mandato (tal como nos anteriores), a CDU foi a força política que, de uma forma incontornável, mais propostas apresentou para a melhoria da Cidade e para o bem-estar da sua População; que, com combatividade e sem qualquer esmorecimento, fez frente às medidas mais negativas da coligação PSD/CDS que governa a Câmara, bem como às do PS, que governa o País com idêntica insensibilidade e arrogância; que esteve sempre ao lado das Populações, dando voz às suas justas e prementes reivindicações».
José Borges Coelho, critica o mandato da coligação PSD/CDS na cidade do Porto, referindo que “a procura do bem comum, que há-de ser o objectivo último de um órgão do poder legitimado no voto, confunde-se vezes demais com a satisfação dos desígnios pequeninos da maioria de serviço”.
Jerónimo de Sousa, refere-se a esta candidatura da CDU como «um acto que é, em si, não um mero ponto de partida para uma batalha eleitoral, mas sobretudo um momento de confirmação de uma força política com um trajecto de trabalho, conhecimento e intervenção em defesa do Porto, da sua população, dos seus bairros, dos seus valores e património culturais, da cidade que trabalha.».

Aqui estamos neste acto de apresentação dos primeiros candidatos da CDU à Cidade do Porto com uma confiança alicerçada no nosso trabalho e nesta corrente de apoio que envolve a intervenção da CDU.

Um acto que é em sim mesmo confirmação de um projecto e de uma candidatura construído na base de um largo e reconhecido património de trabalho e intervenção, inteiramente dedicado à defesa dos interesses das populações, assente em princípios e valores de homens e mulheres que respeitam os compromissos assumidos e honram a palavra dada.

Um acto singular, também porque esta apresentação dos primeiros candidatos à Assembleia e Câmara Municipal expressa o valor que atribuímos à intervenção colectiva, num processo em que os primeiros rostos das nossas candidaturas, o conjunto das equipas e das listas e os programas eleitorais são parte indivisíveis do projecto da CDU e das suas condições de êxito  para o trabalho futuro.

Um acto que é, em si, não um mero ponto de partida para uma batalha eleitoral, mas sobretudo um momento de confirmação de uma força política com um trajecto de trabalho, conhecimento e intervenção em defesa do Porto, da sua população, dos seus bairros, dos seus valores e património culturais, da cidade que trabalha.

Aqui na CDU une-se uma larga convergência de vontades, de participação democrática e de intervenção unitária em defesa do Porto e da sua afirmação enquanto espaço de vida colectiva.

Aqui na CDU reune-se um vasto património de intervenção em defesa dos interesses das populações, de resposta às sua aspirações e de activa representação dos moradores dos bairros populares do Porto, com o trabalho concreto e competente que nunca negámos para realizar obra e ser parte na construção de uma vida melhor.

Aqui na CDU reside uma força responsável que não faz do Poder Local um mero espaço de arremesso e de disputa política sob o qual se disfarçam arrivismos tardios, projectos pessoais ou falta de ideias e soluções.

Aqui na CDU está uma força com um projecto de Cidade, com ideias e opções sobre o desenvolvimento e a organização do espaço público, construídas ao longo de sucessivos mandatos neste diálogo permanente entre os seus eleitos e o povo.

Força e conquista de Abril,  CDU e Poder Local democrático são companheiros inseparáveis de um trajecto de trabalho, intervenção, realização e obra que fizeram das autarquias espaço de democracia, participação popular, afirmação cívica, construção de uma vida melhor.

Um Poder Local que enquanto espaço de democracia e liberdade é em si incompatível com práticas limitadoras do direito de expressão e da liberdade de informação.

Um Poder Local que enquanto espaço de participação democrática é incompatível com uma uma governação local afastada da vida, dos problemas e das aspirações da população e sobretudo da população mais carenciada.

Um Poder Local que enquanto espaço de valorização e democratização da vida cultural é incompatível com visões elitistas que desprezam a energia e o percurso dos valores da cultura popular, dos agentes e criadores da cidade.

Um poder local que enquanto sinónimo de descentralização é incompatível com as políticas de governamentalização e centralização que os partidos dominantes no governo da cidade e do país têm imposto à cidade e à região ao longo dos anos.

Nesta candidatura da CDU reside uma iniludível distinção. Ela é expressão e simultaneamente  parte integrante de um projecto alicerçado em mais de 30 anos de acção nas autarquias, durante os quais a CDU deu prova de uma intervenção distintiva nas autarquias:

- distintiva, pela proximidade às populações e pelo incentivo à participação; 

- distintiva, pela forma como desde a primeira hora assumiu as infra-estruturas básicas como um primeiro elemento de desenvolvimento centrado nas necessidades essenciais das populações;

- distintiva, pela forma como lançou e concretizou as bases de planeamento e de ordenamento municipal e regional;

- distintiva. pela forma integrada como associou à construção de equipamentos colectivos programas de participação que estão na base da singular democratização da cultura e da prática desportiva;

- distintiva, pela atenção dada aos trabalhadores da autarquia, à defesa dos seus direitos e à valorização do seu trabalho.

Mandato após mandato a CDU afirma-se como uma força associada ao que de melhor e mais inovador foi feito na gestão das autarquias.

Uma capacidade de realização e inovação que se projecta no presente, dá garantias de  futuro e que, seguramente também aqui no Porto, com o reforço das nossas posições e  votação estaremos em condições de pesar mais nas decisões e na gestão da Câmara e das freguesias e de afirmar uma alternativa credível e competente para a cidade.

Unem-nos hoje, nesta importante iniciativa, razões mais próximas à vida da cidade do Porto e ao futuro da sua gestão autárquica. Mas não estarei enganado se disser que, em relação aos que aqui estão e à generalidade dos trabalhadores e da população do concelho, as suas profundas inquietações residem na crescente incerteza e dificuldades que o rumo da política nacional e a acção do actual governo vêm impondo.

E essa razão convoca todos e cada um de nós para que consideremos as próximas batalhas eleitorais – autarquias mas também legislativas e europeias – um momento e uma oportunidade única para condenarmos a política de direita e afirmarmos bem alto, com o reforço da CDU, a exigência de uma outra política.

Estamos perante um ciclo eleitoral de enorme exigência que, juntamente com a luta dos trabalhadores e das populações, vai determinar a evolução da situação política portuguesa dos próximos anos.

Nesta luta que travamos pelo desenvolvimento, contra as injustiças e por uma vida melhor estaremos também na rua no próximo  dia 23 de Maio, em Lisboa – na grande Marcha de Protesto, Ruptura e Confiança – que, sendo uma grande manifestação política promovida no quadro da CDU e de oposição às políticas do governo, é uma marcha aberta à participação de todos os que são atingidos no quotidiano das suas vidas por tal política.

Marcha que será um sinal de esperança e confiança num futuro melhor, tal como um forte reforço da CDU será a melhor garantia e a mais segura solução para potenciar e concretizar o grande movimento de ruptura e mudança, que a actual situação exige na incessante procura do caminho duma vida melhor para o país e para os portugueses.

Caminho para retomar a esperança de um Portugal de progresso e de futuro com Abril de Novo.